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Com chegada de Netão, Paysandu investe na base e traça objetivos ambiciosos para o futebol; veja

Cerca de 200 atletas compõem as categorias de base do clube, num investimento forte que promete resgatar a tradição bicolor de formador de atletas

Luiz Guilherme Ramos

A rivalidade que envolve Remo e Paysandu não se limita apenas ao interior das quatro linhas. Fora dali, o vai e vem de profissionais que resolvem 'atravessar' a Almirante Barroso vai muito além do imaginado. Recentemente, uma contratação chamou a atenção da comunidade esportiva. João Nasser, o Netão, deixou a base do Leão Azul após 10 anos de trabalho e títulos, para defender o maior rival, que nos últimos anos vem investindo pesado para resgatar a tradição de formador de atletas. 

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A chegada de Netão não deixa de ser um golpe de mestre orquestrado pelo presidente Maurício Ettinger. Com ele nos quadros do Papão da Amazônia, o clube ganha fôlego e toda qualidade profissional de um dos maiores conhecedores do futebol de base do estado. A partir de agora, Netão assume o comando da equipe sub-20, e terá o desafio de ajudar na reestruturação em curso, que ainda carece de maiores investimentos, incluindo o sonhado Centro de Treinamento.

"Esse ano o Paysandu está investindo para vir forte na base. Estamos fazendo um estudo para ter um CT específico para a base, vamos anunciar logo mais, e o Netão vem para ser técnico do time que vai participar da Copinha. Não tem data de apresentação, não vai ter uma formal, mas já está trabalhando", disse Ettinger em entrevista a O Liberal. 

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Para ele, o futebol paraense ainda é um celeiro de craques e o novo formato adotado pelo clube favorece a lapidação desses talentos. "Nossos atletas, não só do Paysandu, mas da região, não deixam a desejar para nenhum atleta do eixo sul-sudeste. São bons garotos que precisam ser trabalhados e estamos fazendo isso. Não só a parte técnica, mas a física, cognitiva, emocional. É um trabalho de formação para que o atleta não chegue ao profissional com déficits grandes. Iniciamos esse processo de transição que os grandes clubes fazem. É um passo mais largo com a reformulação desse processo e o CT será bom para todas as categorias. Vamos potencializar e qualificar os nossos atletas". 

Apesar disso, ele não revela nomes, mas garante que o Paysandu tem as suas "jóias", que em breve estarão dando glórias ao maior campeão da Amazônia. "Temos vários garotos com potencial. A gente evita falar os nomes por vários motivos, mas temos vários atletas com potencial enorme, que futuramente vão gerar receitas para nós. Os clubes grandes enxergam a base como fonte de renda e esse investimento será triplicado, muito maior do que foi investido. O Paysandu enxerga isso e já trabalha dessa forma".

Parceria

A chegada de Netão no clube foi muito comemorada por quem já faz parte do clube. Raimundo diz que a parceria com Netão é antiga e juntos, o Paysandu tende a crescer, assim como aconteceu no maior rival, onde foram colegas de trabalho por longos anos. "O Neto é um profissional que dispensa comentários. Todo mundo conhece o que ele fez e o que pode vir a fazer como profissional que é. Trabalhei com ele por cerca de seis, sete anos, revelando vários atletas que hoje jogam nas séries A, B e C", conta o técnico.

Para ele, o futuro do Paysandu está nas categorias de base e muito em breve o futebol profissional terá um verdadeiro "estoque" de craques. "Retomar essa parceria com ele é ainda mais motivante para mim. Pode ter certeza que o nosso clube vai ser o maior formador do norte do país. Eu trabalhei durante nove anos no Remo e a minha parceria com ele é desde lá. Em 2013 a gente foi para a Taça São Paulo e fui auxiliar. Em 2018 foi assim também. Já trabalhamos na Copa do Brasil, no Campeonato Paraense, em vários anos, uma parceria longa na formação de atletas", encerra.

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