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Colosso do Tapajós: presidentes de clubes de Santarém reforçam importância da reforma do estádio

Obras na principal praça esportiva do Oeste do Pará avançam e dirigentes anseiam por poder voltar a mandar partidas no local. Estádio deve ser entregue pronto em 2023

Andria Almeida

Os times de futebol santarenos estão com alta expectativa pela reforma que está em andamento no Estádio Colosso do Tapajós. Em entrevista a OLiberal.com, eles relataram o drama vivido pelas equipes que precisam jogar fora de casa enquanto a principal arena regional está em obras.

Para o Presidente do time São Raimundo, Júnior Tapajós, os times santarenos sempre foram tradicionais em termos de torcida e apoio na arquibancada. “A importância da conclusão do estádio Colosso do Tapajós tem também um aspecto financeiro para os clubes. O São Raimundo tem uma torcida bastante fiel, uma torcida que apoia o time e que vai a campo. Mas, além do fator de apoio, que é importante nos jogos dentro de casa para buscar vitórias diante dos nossos adversários, também é muito importante a questão financeira, porque os jogos com mando de campo do São Raimundo, sendo aqui em Santarém, acabam também sendo mais uma fonte de receita muito importante”, destacou.


Ele ressaltou a ansiedade pela conclusão da obra para que o time possa voltar a jogar em casa e receber o calor da torcida. “Por dois anos seguidos o São Raimundo tem realizado seus jogos longe de casa. Em 2020 o time jogou a Série B do Parazão toda em Belém. Já no ano passado conseguimos uma liberação para jogar no Colosso do Tapajós, mas tivemos que jogar com os portões fechados por motivo do estádio estar reservado para obras, na ocasião”, relembrou.

O presidente do Pantera revela que, em virtude de não poder contar com o dinheiro da bilheteria nos jogos, o São Raimundo amarga uma perda financeira em torno de R$100 mil que deixaram de ser arrecadados nas bilheterias nos dois últimos anos.

Confira imagens do início das obras

O presidente do Tapajós, Sandeclei Monte, conta que a cidade está chegando a quarta equipe profissional e, neste contexto, o estádio é uma necessidade, mas ele enfatizou que são precisos outros investimentos na área. “Agora, também temos que ressaltar que não adianta fazer um estádio belo como esse e as equipes não estarem aptas a usá-los. Não adianta fazer um elefante branco e ficar parado aí, né? A gente precisa fomentar, ter projetos paralelos à construção do estádio para que as equipes tenham condições de vir a usar, não só no Campeonato Paraense, mas também no Campeonato Brasileiro e quem sabe Copa do Brasil”, observou.

O dirigente afirmou que o Tapajós passou por "maus bocados" no último campeonato por não haver um estádio apto para a realização das partidas em Santarém. “Eu acho que o Tapajós é o time que mais tem sofrido com isso pelo fato de estar na primeira divisão. Pelo terceiro ano consecutivo estamos indo disputar o campeonato na capital do estado. Isso é horrível, é logística, gasto, tudo é uma situação complicada, nós tivemos que alugar campo pra jogar", explicou. 

Ele fez um apelo para que haja apoio para as equipes. “Então nós esperamos que isso mude, esperamos que o apoio venha. O Tapajós não aguenta mais isso. Então que se inaugure esse estádio o mais rápido possível para que a equipe que hoje está na primeira divisão, que é o Tapajós, possa usar o Colosso e também quem sabe São Raimundo e São Francisco brigando na segunda divisão subir para usar o estádio”, finalizou.

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Walter Lima,  presidente do Amazônia Independente, mais recente clube de Santarém a se profissionalizar, lembra da paixão do torcedor da cidade pelos times e lamenta o drama vivido pelos quatro clubes, que têm equipes, mas não tem estádio. 

“Temos equipes profissionais e não temos estádio para jogar isso vem trazendo um prejuízo muito grande não só para os clubes e torcedores, mas para a própria economia, porque o futebol fomenta a economia. Vivemos hoje uma situação difícil. em que a expectativa é de que tenhamos um estádio muito bom com a reforma sendo feita e possivelmente até para jogar amador, por conta de que hoje temos apenas o Tapajós, que se manteve da elite”, enfatizou.

Sobre as dificuldades pela falta do estádio, Walter Lima diz que “é importante que nós possamos lutar também para que possamos ter elementos que nos coloquem a disputar numa condição mais confortável quando chegar no nível da competição do campeonato estadual, porque fica muito desigual. Só agora eu passei seis meses jogando fora, o time que mais jogou fora no mundo foi o meu e o Tapajós”, relatou.

A reportagem tentou contato com dirigentes do São Francisco, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

Sobre a obra 

A ordem de serviço para a reforma e ampliação do local foi assinada em novembro do ano passado pelo governador do Pará, Helder Barbalho. Localizado em Santarém, região oeste do Pará, o estádio é um dos principais palcos esportivos da região.

Com valor orçado em R$ 94 milhões, as obras de reconstrução tem a previsão de duração de 18 meses. A execução é da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop). Segundo a secretaria, o projeto vai reestruturar o estádio, garantindo mais estrutura, segurança e conforto para as pessoas que frequentam o espaço.

Na ocasião da assinatura da ordem de serviço para a obra, o governador Helder destacou que, quando estiver pronto, será uma praça de esportes onde poderão ser realizados eventos nacionais e internacionais. “Reforçará a interiorização do nosso futebol profissional; fortalecerá as Ligas Esportivas do futebol amador em toda esta região; e, claro, também, grandes eventos culturais e religiosos, com a oportunidade da descoberta de talentos", reforçou Helder.

O estádio é atualmente a “casa” de quatro equipes da região: São Raimundo, São Francisco, Tapajós e o recém-criado Amazônia Independente. Assim que concluído, o Colosso poderá até triplicar sua capacidade de público, já que, no formato atual, tem como carga máxima oficial de 8.500 pessoas. A estimativa é que passe a abrigar até 23 mil torcedores.

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