Brittney Griner, jogadora de basquete americana presa desde março, é solta na Rússia; entenda
Presa sob a acusação de porte ilegal de maconha, a jogadora bicampeã olímpica foi solta em uma inédita troca de presos entre os dois países
A jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner, presa na Rússia desde março deste ano, acusada de tráfico internacional de drogas, foi solta nesta quinta-feira, em uma troca de presos inédita na história entre os dois países. A atleta foi liberada pelo governo russo, enquanto os americanos tiveram que devolver às ruas Viktor Bout, tido como um dos maiores traficantes de armas do mundo.
A decisão partiu após meses de negociação envolvendo a diplomacia dos dois países. Brittney Griner, estrela da WNBA, foi detida no aeroporto de Sheremetyevo, nos arredores de Moscou, portando um derivado de maconha em forma líquida, que tem o consumo liberado em quase todo território americano. Na Rússia, no entanto, não há liberdade para tal uso e ela acabou presa pelo Departamento Federal de Alfândega da Rússia.
Desde então, o governo dos dois países vêm dialogando pela liberdade da atleta. Depois de várias negativas do governo americano de ceder à oferta russa, o acordo acabou sendo feito e, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, houve a troca de presos no aeroporto de Abu Dhabi.
SAIBA MAIS
Viktor Bout é ex-tenente-coronel do Exército Sovciético e tido pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos como um dos maiores traficantes de armas do mundo. Estava preso em solo americano há quase 10 anos e foi o primeiro nome citado pelas autoridades russas na barganha entre presos, num primeiro momento negada pelo governo americano.
O presidente americano Joe Biden confirmou à imprensa internacional que conversou com a atleta por telefone e garantiu que ela já está solta, sob custódia do governo americano, indo em direção aos EUA, depois de responder processo por transporte de droga e tráfico internacional, onde a pena pode chegar a 10 anos de prisão.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou ter conversado com a jogadora por telefone e disse que ela já está solta, sob custódia de autoridades norte-americanas e a caminho dos EUA. A detenção da atleta do Phoenix Mercury se deu da seguinte forma: ela e vários atletas dos EUA costumam jogar na Liga Russa nos meses em que a WNBA entre em recesso.
Desde 2015 Brittney costuma fazer o trajeto, mas este ano acabou presa e confessou o crime, embora tenha dito que não foi intencional. Ela também escreveu uma carta ao presidente Joe Biden. "Enquanto estou sentada aqui, numa prisão da Rússia, sozinha com meus pensamentos e sem a proteção da minha esposa, família, amigos, o uniforme olímpico ou qualquer conquista, estou aterrorizada porque posso ficar aqui para sempre", disse na época.