Vice-presidente da CBF, Gluck Paul fala sobre estaduais, arbitragem, calendário e Copa Verde
Ricardo Gluck Paul segue na presidência da FPF e comentou sobre temas importantes sobre o futebol brasileiro e estadual
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) possui um novo presidente. Samir Xaud assumiu o cargo recentemente e possui uma base de oito vice-presidentes, sendo um deles Ricardo Gluck Paul, atual presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF). Gluck paul conversou com a equipe de O Liberal e falou sobre alguns projetos que a CBF pretende realizar no futebol brasileiro.
O vice-presidente da CBF tocou em temas importantes, como a reestruturação do calendário do futebol brasileiro, que vem sofrendo ao longo dos anos duras críticas por parte dos clubes e atletas. Ricardo Gluck Paul também comentou sobre uma possível criação da Série E, a 5ª Divisão do Brasileiro, e diminuição das datas dos campeonatos estaduais, além de esclarecer como ficará a Copa Verde, que poderá ter novidades, tanto no formato, quanto na premiação.
ASSISTA
Diminuição dos estaduais
“O presidente Samir inicia a gestão enfrentando um problema [calendário], que precisa atender as necessidades dos clubes. O Pará já vinha se ajustando, já tivemos 16 datas no estadual e hoje temos 12. Então existe uma ideia do Samir, uma costura de uma redução para 11 datas, sinceramente acho uma medida importante, estratégica essa preocupação atinge clubes das Séries A e B e clubes que atuam em campeonatos continentais. A necessidade que está sendo estudada pela CBF é contemplar e entender que existem outros clubes que não jogam as competições continentais e que têm no estadual um calendário necessário. Isso está sendo analisado pela CBF para apresentar alternativas de extensão de calendário para essa redução do estadual. Diminuir as datas do estaduais não significa diminuir a importância dos campeonatos, que isso fique claro”, falou.
Série E
“Lamento não responder com precisão, tudo que saiu na imprensa são especulações. Existe, do Samir, a orientação para adequação do calendário, redução dos estaduais e alternativas para que os clubes tenham calendário. Redução de calendário temos dois caminhos, o primeiro é proteger os clubes que disputam nacionais e continentais, mas também atender aos clubes que não jogam competições continentais. É uma forma de estender seus calendários também”, disse.
Copa Verde
“A Copa Verde passa por reformulação. Existe uma comissão sendo criada para a competição e será nomeado um coordenador da Copa Verde e temos um entendimento que não tem problema em relação ao formato, ele pode até melhorar, mas não havia uma diligência comercial, focada em vender a Copa Verde e torná-la mais atrativa. A Copa Verde possui um potencial gigantesco, ela tem condições de atrair um outro tipo de investimentos. Apresentar e inspirar outras competições e ser atrativa comercialmente e assim se aproximar de uma Copa do Nordeste, que hoje possui em torno de R$60 milhões, com clubes e federações são remunerados em participar. Já na Copa Verde temos somente ao campeão, uma premiação de R$440 mil. Existe uma distância grande comercial, de recursos entre as competições. A CBF possui duas competições regionais, senso uma que é extremamente rentável, bem trabalhada comercialmente e a outra que nunca foi trabalhada fazendo que ela seja atrativa aos clubes para participar. A partir daí você valoriza a competição. A questão da etapa internacional é uma ideia, que está sendo tratada internamente e ela é uma etapa. O formato da Copa Verde deve ser parecido com o que j temos e que possamos ter outros países amazônicos, competições similares e que em uma data Fifa conseguir um outro clube desses países se jogue uma competição parecida com a Florida Cup, copa eliminatória, mas isso está sendo desenhado para apresentar à Conmebol”, comentou.
Arbitragem
“O Samir tem ficado próximo do tema e é relevante que é a arbitragem. Houveram alguns cortes em treinamento da arbitragem, ela precisa ser melhor, receber um melhor investimento. Redução de tempo de jogo parado, diminuição de cartões. O tema da profissionalização dos árbitros será melhor discutido. Existem vários elementos a serem discutidos, mas vejo a arbitragem em evolução e é necessário investimento em tecnologia e em treinamento. São dois pilares importantes para ter uma melhor arbitragem”, disse.
Superligas Parazão
“Em todos os municípios temos ligas municipais, que funcionam como uma Federação. Em cada liga, existem clubes da cidade que são filiados às ligas e fazem parte da Federação e são representações comunitárias, que nada mais é times de bairro, rua, zona rural, amadores. São 1.500 clubes comunitários e a Superliga aprovamos e na primeira etapa, teremos 80 campeões e depois será feita a seleção do município jogando o intermunicipal e ao final da competição, cada clube da elite do futebol paraense será obrigado contratar dois atletas no sistema de draft, em que cada clube terá a oportunidade de escolher um atleta, que terá bolsa da FPF, no período de três meses, que é o período mínimo de contrato, que cobre o Estadual. É oportunidade para o atleta jogar um estadual e também para os clubes”, finalizou.
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