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Abaixo o tabu: Mulheres torcedoras pedem respeito

Presença do sexo feminino é constante nos estádios do Pará. Mariana e Beatriz são amigas que compartilham as emoções em jogos de futebol.

Redação Integrada

Chegou o dia do RePa da Série C. Muitas pessoas aguardam ansiosamente pela data. Afinal, Remo e Paysandu não se enfrentavam no Campeonato Brasileiro desde 2006. São dois times em situação oposta na competição. Remo e Paysandu entram em campo hoje à noite sabendo que uma vitória vai ajudar e muito na sequência da competição.

A presença feminina será grande nos dois lados do Mangueirão. Há muito tempo as mulheres passaram a marcar presença nos estádios do Pará. Além de torcer para o time do coração, elas também vão para pedir respeito e mostrar que o espaço é local para mulher, mesmo com algumas dificuldades.

Mariana de Moraes e Beatriz Reis representam a massa feminina que frequenta os estádios. Mariana é torcedora do Remo e Beatriz, do Paysandu. Apesar de torcerem para times rivais, as duas são amigas e compartilham o mesmo pedido: respeito às mulheres que frequentam os estádios. A dupla falou sobre o assunto no podcast “Tudo Delas” da semana (ouça abaixo). O conteúdo multimídia também está disponível nas principais plataformas de streaming.


AZULINA

Com 23 anos, Mariana de Moraes sempre gostou de ir aos estádios, mesmo que precisasse fazer isso escondida do pai. Segundo Mariana, seu pai tinha medo que algo pudesse acontecer com a filha. “Venho de uma família tradicionalmente remista, com bisavô, avô, pai. Agora, chegou até mim. Meu contato com o futebol foi em 2015. Eu comecei a ir para os jogos sozinha. Tinha machismo. Não poderia ir para o jogo. Falava que ia para casa de uma amiga. Até que em 2016 eu encontrei meu pai em um jogo, na rampa de acesso. Na hora foi um susto. Mas hoje em dia ele entende. Meu pai até brinca que sou mais remista, porque eu vou mais para estádio que ele”, comenta.

BICOLOR

Já Beatriz, de 24 anos, virou Paysandu por causa da família da avó. Os pais são remistas, mas por ter sido criada com a avó, acabou gostando do Papão. “Meu pai é remista, aquele enjoado. Mas a paixão pelo Paysandu veio da família da minha avó. Eu tenho lembranças remotas da campanha de 2002. O amor pelo futebol vem desde sempre. Eu cheguei a ganhar camisas do Remo, do meu pai, mas ele não conseguiu me levar para o outro lado da Almirante Barroso”, conta. Beatriz é tão apaixonada por futebol que o assunto foi tema do seu TCC. Formada em licenciatura em história, Beatriz fez a monografia de conclusão do curso.

Times do Pará em decisões

A Série D terá um dia decisivo para os dois clubes paraenses que lutam pelo acesso à Série C. Na tarde deste domingo (23), serão disputados os jogos de volta do primeiro mata-mata de um total de três para a ascensão de divisão. Às 16 horas, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, o Bragantino entra em campo para encarar o Atlético Cearense.

A ideia do técnico Robson Mello é administrar a vantagem considerável construída na primeira partida. O Tubarão venceu por 3 a 0. Como o Atlético joga em casa, com o apoio da sua torcida e tentará reverter o placar adverso, a tendência é que tenha uma postura extremamente ofensiva. Cenário ideal para o desempenho do velocista Fidélis e companhia, que podem protagonizar um contra-ataque mortal.

O árbitro será Roger Goulart, do Rio Grande do Sul, sendo assistido por Jose Eduardo Calza e Fabricio Lima Baseggio. Às 17 horas, o São Raimundo de Santarém encara o seu “xará”, que é o São Raimundo.

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