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Copa do Mundo 2022: cidades da França e seleção da Dinamarca protestam contra o Catar

Paris e outra cinco cidades não irão organizar eventos durante a competição e a seleção dinamarquesa lançou uniforme com escudo quase invísivel; a ONG Anistia Internacional afirmou que, no país, mais de seis mil pessoas morreram durante as obras

Gabriel Mansur

A Copa do Mundo de 2022 ainda não começou, mas está cercada de polêmicas desde o momento em que foi determinado o país sede: o Catar. Torcedores estiveram inseguros com relação aos costumes do país considerado conservador. O local escolhido também está envolvido em controvérsias com relação aos direitos trabalhistas. Em meio a diversos debates, algumas cidades francesas, além da seleção da Dinamarca, já protestaram contra a competição que irá ocorrer no país do Oriente Médio

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A prefeitura de Paris declarou, na última segunda-feira (3), que não irá organizar eventos ou disponibilizar telões na capital francesa, como forma de protesto contra o Catar, país que sedia a competição. A decisão também já foi tomada por outras cinco cidades francesas: Lille, Estrasburgo, Reims, Bordeaux e Marselha.

A justificativa foi dada pelo Secretário de Esportes de Paris, Pierre Rabadan. O servidor afirmou que o “boicote” é uma resposta às "condições da organização deste Mundial, tanto na vertente ambiental como social”. 

Dinamarca lançou camisa com escudo quase invísivel

Além das cidades francesas, a seleção da Dinamarca lançou um uniforme com escudo e patrocínio quase invisíveis, como forma de protesto contra o Catar. “Esta camisa carrega uma mensagem. Não queremos estar visíveis durante um torneio que custou a vida de milhares de pessoas. Nós apoiamos a seleção dinamarquesa em tudo, mas isso não é o mesmo que apoiar o Catar como um país-sede”, explicou a empresa patrocinadora. 


O Supremo Comitê para Entrega e Legado da Copa do Mundo publicou uma nota contestando a posição da empresa. Em um trecho do esclarecimento, o grupo afirma que “o trabalho do Comitê é reconhecido por inúmeras entidades da comunidade internacional de direitos humanos como um modelo que acelerou o progresso e melhorou vidas”.

Denuncia de péssimas condições de trabalho nas obras da Copa do Mundo no Catar

A ONG Anistia Internacional denunciou o país do Oriente Médio e afirmou que os estádios da competição foram construídos a partir de trabalhos abusivos, com atraso de salários e trabalhadores impedidos de deixar o emprego, ou até mesmo formar sindicatos. 

O jornal The Guardian realizou um levantamento que indicou a morte de pelo menos 6 mil pessoas nas obras da Copa, desde 2010, quando foi anunciado o país sede. Mortes de trabalhadores aparentemente saudáveis que não tiveram as investigações apropriadas

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Ana Carolina Matos)

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