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Ciclismo cresce e se consolida durante a pandemia

Segundo dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), em 2020 houve um crescimento de 118% nas vendas de bicicletas, em comparação ao ano anterior

Kawane Ricarto/ Facom Unifesspa

A prática do ciclismo cresceu em todo o país durante a pandemia de Covid-19. Em Rondon do Pará, por exemplo, de acordo com o Mauro Teixeira, ciclista e atual Presidente do grupo Pedala Rondon, o grupo que antes da pandemia contava com 48 integrantes, atualmente soma 113 ciclistas. Esse aumento é explicado devido ao baixo risco de contaminação que essa atividade apresenta por ser realizada ao ar livre, por combater doenças mentais, além dos benefícios fitness. 

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Para Teixeira, pedalar é mais divertido que praticar qualquer outro esporte. Pois a prática reforça o companheirismo, o trabalho em equipe, a socialização e ajuda os praticantes a vencerem e superarem limites. Além disso, a atividade auxilia no combate da depressão e da ansiedade com a liberação de hormônios que geram a sensação de bem-estar, como a endorfina e a dopamina.

De acordo com Mauro, o Grupo Pedala Rondon, surgiu em 2016, com a ideia inicial de incentivar, ensinar e promover o ciclismo no município e região. O grupo é atualmente uma empresa sem fins lucrativos, que contribui com toda a sociedade, pois participam de obras sociais. Ele se mantém com a mensalidade que possui um valor simbólico de R$ 10,00, pago por cada associado/integrante. A arrecadação é destinada ao pagamento de despesas cartorárias, com registro, mudanças de estatuto e regras. 

    Para a ciclista Gilvone Cruz, de 37 anos, o hábito de andar de bicicleta é prazeroso e empolgante. Ela comenta que não leva uma vida 100% saudável, mas busca fugir do sedentarismo. Desde 2017, ela procura fazer exercícios como o Muay Thai (luta marcial), e o pedal. Cruz diz que não participa de nenhum grupo de ciclismo da cidade, já que pedala sozinha, de forma esporádica, sem frequência diária, sem o uso de equipamentos de segurança e equipamentos na bicicleta, e pedala de maneira amadora. Com uma vida corrida, e a dificuldade em praticar exercícios físicos, ela busca fazer algo que traga benefícios para o corpo e mente. E encontrou no ciclismo, uma atividade que além do condicionamento físico, tonifica os músculos, trabalha as funções cardíacas do corpo, desestressa, e gera prazer e mais disposição. 

Devido sua rotina, o único tempo que tem para pedalar é durante o período matutino, por volta das 05h30 até às 06h30. E já nesse horário, Cruz percebe uma movimentação grande de pedestres, ciclistas e caminhões. Ela comenta: “Os cuidados que tento tomar são em relação a rodovia, porque é perigosa nesse horário. Busco pedalar sempre pelo acostamento, que é uma ciclovia com um trecho bem pequeno, mas, não é muito eficiente para essa finalidade. O que seria interessante era construir uma ciclovia ao longo da rodovia, que também desse acesso a outras localidades, como as ruas principais”.

De acordo com Gerson Antônio Barbosa, professor de educação física, além do hábito de andar de bicicleta melhorar o condicionamento físico, também proporciona melhora na circulação de sangue e oxigenação, o que diminui a chance de obesidade. Ele indica pedalar, ou fazer qualquer outra atividade física todos os dias, no mínimo três vezes por semana. Barbosa comenta que os músculos que são trabalhados ao andar de bicicleta são os músculos primários (quadríceps), e músculos secundários (posterior, glúteo, panturrilha e abdômen). Ele relata ainda, a importância de procurar sempre melhoria e qualidade de vida, principalmente durante a pandemia da COVID-19, em que é necessário manter o sistema imunológico saudável. “Precisamos ter uma boa imunidade. E só se consegue isso, se cuidando através de atividades físicas em geral como: correr, caminhar, pedalar, nadar ou dançar. Tudo que envolve colocar o corpo em movimento, isso traz benefício para a longevidade”, conclui.

    

 

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