CBF envia ofício para clubes se posicionarem sobre paralisação do Brasileirão; entenda
Times brasileiros deve emitir seus posicionamentos em caráter de urgência
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhou um ofício aos clubes que disputam o Campeonato Brasileiro filiados às federações estaduais para que eles se posicionem sobre a possível paralisação da competição, que foi solicitada pelo Ministério do Esporte.
A iniciativa do ministério ocorreu na última sexta-feira (10). Por meio de um ofício, o órgão solicitou ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a paralisação do campeonato por conta dos graves impactos da tragédia que assola o Rio Grande do Sul desde o dia 27 de abril.
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Com isso, a CBF encaminhou o ofício para que os clubes façam suas análises e se posicionem sobre a situação. "Considerando que a CBF é a entidade organizadora de diversos outros Campeonatos, encaminhamos o presente ofício para os clubes filiados às Federações Estaduais e ao DF, para que se posicionem, de forma expressa e em caráter de urgência, sobre a paralisação recomendada pelo Ministério do Esporte", diz um trecho do documento.
Em contato com o Núcleo de Esportes de OLiberal.com, o presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, destacou que os ofícios são diretamente para os clubes e que "eles precisam responder de acordo com suas realidades". "É uma comunicação direta entre CBF e clubes", explicou.
Até o momento, a CBF atendeu apenas o pedido da Federação Gaúcha, que solicitou o adiamento dos jogos dos times do estado em todas as competições nacionais organizadas pela confederação. Com isso, 43 partidas foram modificadas. Mas, em relação ao calendário nacional, a entidade máxima do futebol brasileiro não projetou uma paralisação.
Grêmio e Internacional, por exemplo, foram afetados diretamente com os alagamentos. Os Centros de Treinamentos dos clubes gaúchos foram invadidos pela água. Além disso, o estádio Beira=Rio também teve o campo coberto pelas enchentes e funcionários das duas equipes sofrem perdas com a tragédia.
Tragédia no Rio Grande do Sul
De acordo com a última atualização da Defesa Civil do RS, o número de vítimas fatais chegou a 136. Além disso, pelo menos 125 pessoas seguem desaparecidas e 756 estão feridas. Desde o final de abril, o estado tem sido castigado pelas fortes chuvas e enchentes que provocam destruição e já deixaram milhões de pessoas afetadas.
Ainda segundo o boletim da Defesa Civil, mais de 440 mil pessoas estão foram de suas casas, sendo de mais de 70 mil foram para abrigos e outros 339,9 mil estão desalojados, dormindo em residência de familiares ou amigos. Do s 497 municípios do estado, 444 foram afetados de alguma forma pelo desastre climático.
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