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Morre Miguel Ángel Russo, técnico argentino do Boca Juniors, aos 69 anos

A morte foi confirmada pelo clube

Estadão Conteúdo

Morreu nesta quarta-feira Miguel Ángel Russo, técnico do Boca Juniors, aos 69 anos, por complicações decorrentes de um câncer de próstata, segundo informou o jornal "Clarín". Ele estava em sua casa e afastado de seu trabalho à frente do time argentino.

A morte foi confirmada pelo Boca Juniors. "Miguel deixa uma marca indelével em nossa instituição e sempre será um exemplo de alegria, cordialidade e esforço", escreveu o clube em suas redes sociais.

Russo estava hospitalizado "com prognóstico reservado", conforme havia comunicado o Boca Juniors na última segunda-feira, em meio a rumores sobre seu estado de saúde e após a ausência do técnico do banco em partidas recentes.

O argentino foi último treinador a ganhar uma Libertadores pelo Boca Juniors, em 2007, na final em que o time argentino derrotou o Grêmio nas duas partidas e levantou sua sexta taça.

Também foi campeão do Campeonato Argentino (2019/20) e da Copa da Liga Profissional (2020) na sua segunda passagem. Ele foi contratado em junho desde ano para dar início ao seu terceiro trabalho na equipe xeneize, que foi eliminada na primeira fase do Mundial de Clubes.

Ele levantou taças também comandando Vélez Sarsfield, Rosario Central, Lanús, Estudiantes e o Millionarios, da Colômbia. Como jogador, foi um meio-campista técnico de apenas uma equipe: o Estudiantes. Também defendeu a seleção argentina e era um dos jogadores prediletos do histórico treinador Salvador Bilardo, que, no entanto, o deixou fora do de última hora do elenco que disputou - e ganhou - a Copa do Mundo de 1986.

LUTA CONTRA O CÂNCER Russo foi substituído nos últimos jogos do Boca Juniors por seus auxiliares, Claudio Úbeda e Juvenal Rodríguez, que treinaram o time na goleada por 5 a 0 sobre o Newells no último domingo, pelo Torneio Clausura.

"Queremos dedicar a vitória ao Miguel, que certamente estava nos assistindo pela TV", disse Úbeda aos repórteres após a partida.

O capitão da equipe, Leandro Paredes, fez o mesmo. "Dedicamos a vitória ao Russo. Ele é o líder do nosso grupo e a forma como ele atravessa este momento não é nada boa. Mandamos muita força a ele."

Em suas recentes aparições públicas, intercaladas com internações e visitas domiciliares, ele havia aparecido magro, com dificuldade para caminhar e com a voz fraca.

O popular clube portenho não havia divulgado atualizações oficiais sobre seu estado de saúde até segunda-feira, embora se saiba que ele foi diagnosticado com câncer de próstata em 2017.

Em janeiro de 2018, o treinador nascido em Lanús passou por uma intervenção cirurgia por câncer na bexiga e de próstata, enquanto dirigia o Millonarios, da Colômbia, com o qual ganhou o Torneio Finalização de 2017 e a Superliga em 2018.

Uma das primeiras imagens que causaram preocupação aconteceu no final de agosto, durante uma partida em que o Boca venceu o Aldosivi em Mar del Plata, quando ele foi visto abatido e sonolento no banco de reservas.

O treinador reapareceu em seguida no comando contra o Rosario Central, onde foi ovacionado pelos torcedores rivais, que o consideram quase um herói, e depois compareceu à Bombonera para dirigir o time contra o Central Córdoba, em 21 de setembro.

No final de setembro, fontes próximas ao clube que o treinador havia sido hospitalizado no dia 24 enquanto realizava uma série de exames médicos, e que ele retornaria logo às atividades.