'Com a cabeça que eu tenho hoje, teria ganhado a Bola de Ouro', acredita Adriano Imperador
Em entrevista ao programa Fenomeni, do Prime Video, o centroavante carioca de 43 anos declarou para o ex-atacante Luca Toni que teria sido escolhido o melhor do planeta se tivesse a mentalidade atual
Idolatrado pelos torcedores da Inter de Milão até hoje e com enorme prestígio entre os flamenguistas por honrar as cores do clube de coração, Adriano Imperador se destacou nos gramados mundiais pelo futebol explosivo e pela artilharia, sobretudo em seus fortes chutes de pé esquerdo. Mas chamou atenção, também, pelos problemas extracampo que, segundo ele, lhe custaram ser eleito o melhor do mundo.
Em entrevista ao programa Fenomeni, do Prime Video, o centroavante carioca de 43 anos declarou para o ex-atacante Luca Toni que teria sido escolhido o melhor do planeta se tivesse a mentalidade atual.
"Com a cabeça que eu tenho hoje, teria ganhado a Bola de Ouro", afirmou Adriano, que "se perdeu" quando jogava por causa da dor da morte de seu pai, Almir, em 2004, quando brilhava pela equipe de Milão.
Sem o seu alicerce, o jogador acabou se entregando às noitadas, com farra com muitas mulheres e bebidas, o que fez seu rendimento nos gramados cair. O camisa 10 da Inter de Milão se tornou foco pelo extracampo e perdeu um pouco da magia.
"Não estava bem mentalmente. Depois que meu pai morreu, o futebol escapou por entre os dedos. Saía para não pensar, e do dia seguinte estava pior", reconheceu. "Não fiz o que fiz porque queria festejar ou me soltar. Fiz porque estava com o coração pesado."
Adriano revelou ao programa que recebeu total apoio da Internazionale. "Me ofereceram internação em um centro especializado porque eu estava deprimido. Mas não entendia que precisava de ajuda, achava que o que estava fazendo era normal. Não aceitei e foi um grande erro."
O centroavante atuou pela Inter em 2001 e entre 2004 (ano que ganhou o apelido de Imperador) e 2009, por 167 jogos e anotando 78 gols. Conquistou quatro títulos do Campeonato Italiano, duas Copas da Itália e duas Supercopas. Depois, se transferiu por empréstimo ao São Paulo em tentativa de se reerguer no futebol. Ainda voltou para a Itália, para defender a Roma, mas já sem o mesmo sucesso.
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