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Transformação digital na Saúde consolida novos modelos de atendimento

Telemedicina ganhou força durante a pandemia e traz diversos benefícios ao democratizar o atendimento médico

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Cuidado dentro de casa

Desospitalização é tendência na saúde e tem apresentado bons resultados ao aliar o tratamento hospitalar com o ambiente familiar

A desospitalização se tornou uma tendência no mundo todo. Como o nome sugere, é uma forma de possibilitar a pacientes que ainda não receberam alta, que continuem o tratamento em casa. A prática é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde com o objetivo de garantir qualidade e cuidado ao paciente.

Os profissionais da saúde observam que quando há essa possibilidade da desospitalização, grande parte dos pacientes opta por continuar o tratamento no ambiente familiar. Inúmeros hospitais brasileiros têm adotado a medida, inclusive aqui em Belém. Para isso, as instituições contam com equipes multidisciplinares que desenvolvem os protocolos necessários para cada paciente.

Médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros profissionais, levam em consideração o perfil do paciente, quem são seus cuidadores e se os familiares possuem disponibilidade para acompanhá-lo em casa, pois eles também são capacitados durante o processo para acompanhar a evolução do paciente.

Após 32 dias hospitalizado por covid-19, o professor Luciano Santos, 39, hoje continua sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Ele conta sobre a emoção de voltar para casa depois de passar por um estado gravíssimo da doença. “Quando me internei, meu pai se internou também, mas ele foi um caso mais leve. O meu foi bem grave, passei pela intubação e muitos acreditaram que eu não ia resistir. Quando saí, ainda fiquei em observação e depois a assistente social veio informar que eu iria para casa de ambulância e continuaria com todo o apoio profissional e equipamentos necessários. Foi como ter uma nova vida”, conta Luciano, que tem apoio de um profissional da Nutrição e da Fisioterapia, além de concentradores e oxigênio.

image Luciano Santos ficou 32 dias internados e agora passa pelo processo de desospitalização, com suporte profissional em casa para dar continuidade ao tratamento (Patrícia Nascimento)

Para ele, o procedimento de desospitalização é positivo para os hospitais, que diminuem custos e abrem vaga para outro paciente, desocupando leitos, e também para os pacientes desospitalizados, que podem se recuperar junto à família. “Estar em casa faz com que a gente se sinta melhor, mais confortável. Apesar de ter sido muito bem acolhido no hospital, nada melhor do que o nosso lar”, reitera.

Segurança 

É importante destacar que a desospitalização não é indicada para todos os pacientes. De acordo com Luciane Amaral, gerente médica de pacientes crônicos e desospitalizados, é preciso avaliar caso por caso com o objetivo de garantir uma recuperação segura fora do hospital. Se houver alguma condição desfavorável, o ideal é permanecer com o paciente no hospital.

image Dra. Luciane Amaral pontua que o ambiente familiar é favorável para a recuperação dos pacientes que passaram por internação (Arquivo pessoal)

A médica explica que a desospitalização foi bastante difundida neste momento de pandemia, mas o protocolo já vinha sendo executado junto a outras enfermidades. “O serviço de desospitalização e o de reabilitação pós alta é indicado para várias patologias, desde AVC, pneumonias, até traumas, tudo seguindo um protocolo clínico, com disponibilização de qualquer tipo de suporte, incluindo a Central de Telemedicina Multidisciplinar Contínua, que atende 24 horas por dia”, completa a médica. 

Para ela, a recuperação no ambiente familiar é muito importante para o paciente. Porém, mesmo com todo o suporte, é preciso manter a rotina de cuidados com a saúde, especialmente durante a pandemia, por meio do distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos para evitar a infecção de covid-19.

image Formato de atendimento on-line permite realização de consultas, solicitação de exames, laudos e outros serviços (Divulgação Hapvida)

Telemedicina: formato que veio para ficar

Modelo on-line democratiza atendimento ao chegar a pacientes que têm dificuldade de acessar estabelecimentos de saúde presencialmente

A regulamentação de atendimentos por Telemedicina no Brasil foi necessária por conta da maior crise sanitária da história, que impossibilitou o deslocamento de pessoas durante o pico da pandemia de covid-19. O teleatendimento facilitou e preservou vidas.

“Esse formato teve uma repercussão muito grande, principalmente por desburocratizar e deixar mais eficiente o acesso à saúde e também mais confortável, cômodo e seguro para os pacientes e profissionais”, explica o diretor corporativo de Telemedicina do Hapvida, Luciano Cunha.

Segundo o médico, o sistema de saúde já vem desenvolvendo a Telemedicina há mais de oito anos com modelo de teleinterconsulta e, em 2020, com a liberação pelo Ministério da Saúde, passou a atender diretamente ao paciente pela plataforma digital do plano.

image Luciano Cunha, diretor corporativo de Telemedicina, destaca que outras formas de interação digital devem ser implementadas na saúde nos próximos anos (Divulgação Hapvida)

Cunha explica como funciona a solicitação de atendimento, tanto para urgência quanto para agendamento. “O paciente que busca um atendimento mais imediato, na urgência, pode acessar o portal de teleconsultas e clicar em consulta imediata e lá o paciente faz a biometria facial e entra na fila de acesso para teleconsulta e aguarda o médico chamar para realizar o atendimento. O tempo de espera está entorno de cinco a nove minutos. No agendamento é o mesmo processo, mas o paciente escolhe a especialidade que deseja, o dia e hora”, detalha.

Eficiência 

O comerciante Manoel Moraes, 47, estava com febre, urina amarelada e dor ao urinar. Ele teve acesso à teleconsulta e, após avaliação, o médico o encaminhou para internação. “O médico me fez algumas perguntas e de imediato acionou a ambulância para me remover para o hospital, já que eu possivelmente estava com uma infecção urinária. Quando cheguei, fiz alguns exames e já fiquei internado, pois como havia dito o médico no teleatendimento, eu realmente estava com quadro de infecção urinária avançado”, detalha o paciente.

image Manoel Moraes é cadeirante e recebeu diagnóstico de infecção urinária por meio da Telemedicina (Arquivo pessoal)

A Telemedicina, de fato, impacta no atendimento, principalmente no tempo gasto para ir e esperar uma consulta, que com o uso on-line reduz bruscamente e, consequentemente, no número de pessoas em um espaço físico. O que se espera é que a modalidade ganhe cada vez mais adeptos e se aperfeiçoe no Brasil. Manoel por exemplo, torce para que o formato permaneça e colabore ainda mais com os atendimentos na urgência e emergência. “A Telemedicina desafoga esses atendimentos presenciais e atende de forma rápida e com a mesma responsabilidade de uma consulta presencial”, completa.

Transformação digital na saúde já é uma realidade

A teleconsulta, assim como os atendimentos presenciais, inclui a emissão de laudos, atestados e prescrições, que são enviados para o e-mail do paciente cadastrado. Com a modalidade, também passa a se padronizar o armazenamento em nuvem, que permite a criação de prontuários digitais e o arquivamento de todas as informações do paciente com acesso mais rápido e seguro.

Falando em segurança, a Telemedicina ainda trouxe mais uma vantagem, em especial para pessoas com deficiência. Manoel depende da cadeira de rodas para se locomover e, para ele, é bem importante que o atendimento on-line permaneça mesmo depois da pandemia. “Sou cadeirante e fica mais difícil minha ida ao hospital. Esse tipo de atendimento precisa ficar para que pessoas com deficiência, acamadas e idosas tenham acesso ao médico através da Telemedicina e possam descobrir alguma enfermidade com rapidez e comodidade”, torce Manoel.

A Telemedicina faz parte de uma transformação cultural, por meio da transformação digital na saúde. O diretor de Telemedicina, Luciano Cunha, acredita que, não só a telemedicina, mas outras formas digitais que facilitem o acesso à saúde devem ser implementadas nos próximos anos. “Mesmo após a pandemia pacientes e médicos continuarão utilizando esse modo de atendimento e outras formas de interação digital na saúde, porque o mundo digital já faz parte de nossas vidas em todos os outros sistemas e não seria diferente na área da saúde”, conclui.

image Hirla Beatriz está grávida de cinco meses e, apesar de ser enfermeira, destaca que o período gera muitas dúvidas (Arquivo pessoal)

Pré-natal humanizado

Programas específicos de acompanhamento da gestação envolvem a família e oferecem cursos e assistência multidisciplinar 

A gravidez e a maternidade são momentos marcantes na vida de uma família e, em especial, na de uma mulher. É também uma fase em que o acompanhamento da saúde se torna ainda mais essencial. Pensando nas mamães de primeira viagem, alguns hospitais disponibilizam serviços voltados para o apoio durante a gestação. Entre eles, está o programa Nascer Bem, do Hapvida, que dá assistência pré-natal e está disponível em Belém.

“Estar grávida é um momento especial, mas o programa faz com que eu me sinta ainda mais. Além das consultas com médico e enfermeira, tenho acompanhamento com fisioterapeuta, nutricionista, odontologista e também participo de vários cursos importantes para quem é mãe de primeira viagem. Nós temos muitas dúvidas e conseguimos esclarecer durante a gestação ao longo dos cursos e com a assistência dos profissionais”, detalha a enfermeira Hirla Beatriz, grávida de cinco meses.

As consultas são intercaladas por profissionais e no decorrer dos atendimentos, a gestante preenche seu plano de parto junto à equipe e é convidada a participar dos grupos de gestantes, onde são ofertados cursos on-lines diários com diferentes temas voltados para a obstetrícia. A paciente também tem a oportunidade de visitar a maternidade de forma presencial ou digital.

image Catarina Nucci, diretora corporativa nacional do Nascer Bem, pontua a importância do acompanhamento pré-natal na prevenção e detecção de doenças (Divulgação Hapvida)

Mulheres grávidas portadoras ou que desenvolvem alguma patologia que tem risco de agravamento durante a gestação têm ainda a atenção do Núcleo de Alto Risco do Hapvida. “A realização do pré-natal é de extrema importância na prevenção e/ou detecção precoce de patologias, tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da mãe”, enfatiza Catarina Nucci, diretora corporativa nacional do Nascer Bem, medicina preventiva e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Acolhimento traz segurança para tomada de decisões

A operadora de caixa Victória Costa deu à luz a Cecília há vinte dias. Ela participou do Nascer Bem e diz que as conversas ao longo dos nove meses fizeram diferença. “O programa me ajudou na escolha do parto. Tanto obstetra, enfermeira e nutricionista me ajudaram a escolher o meio mais saudável para mim e minha filha”, completa a mamãe que optou pelo parto normal.

Victória comenta ainda que sua mãe e seu marido foram essenciais para que mantivesse a confiança e a tranquilidade necessárias. “Minha mãe foi essencial. Foi minha acompanhante no pré-natal, participou de todas as consultas, viu de perto toda a assistência que tivemos até a última consulta. Meu marido também participou, me levou para realizar exames e participou também do meu parto. Acho que para ambos, a experiência não só com o programa, mas também com o nascimento da minha bebê, foi inesquecível”, conta a mãe da pequena Cecília.

image Victória Costa afirma que o acolhimentos dos profissionais foi decisivo para suas escolhas no parto (Arquivo pessoal)

A participação do pai do bebê durante todo o acompanhamento do ciclo gravídico é levado em consideração no programa. Para a diretora do Hapvida, ali começa a construção do vínculo com o bebê. “Além de trazer maior segurança para a mãe e o ajuda a compreender sobre a gestação. Então os profissionais que realizam as consultas de pré-natal no programa, convidam, estimulam e preparam os pais a estarem sempre participando ativamente durante toda essa fase, independente da via de parto”, afirma Nucci

Confira, a seguir, os benefícios do programa Nascer Bem:

-Prepara a mulher para a maternidade, proporcionando informações educativas;

-Fornece orientações essenciais sobre dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias;

-Orienta sobre o uso correto de medicações;

-Trata das alterações físicas próprias da gravidez;

-Realiza exames de rotina do pré-natal;

-Trata de doenças existentes, que possam interferir no bom andamento da gravidez;

-Faz prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;

-Auxilia psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade

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