Vendas do varejo paraense registram quarta alta consecutiva; entenda

Segundo lojistas, dados positivos foram impulsionados pelo carnaval

O Liberal
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No mês de fevereiro de 2022, o Pará registrou a quarta alta consecutiva no comércio varejista, com 1,4% de aumento nas vendas em relação a janeiro segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na comparação com o mês de fevereiro de 2021, a alta é ainda maior: 3,3%.

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A divulgação do estudo nesta quinta-feira (10) colocou o Pará como o sétimo colocado na alta das vendas do comércio varejista, em janeiro, entre todas as unidades da federação e em quarto lugar na região Norte do Brasil, atrás dos estados do Amazonas (35,3%), Roraima (7,5%) e Rondônia (6,5%).

Para Maria Abreu, vendedora em uma loja de tecidos há dez anos no centro comercial de Belém, os números positivos refletem o alto astral do carnaval na capital paraense, mesmo com a pandemia de covid-19 ainda não totalmente superada.

"O mês de fevereiro foi muito bom, pois apesar de não ter carnaval as pessoas, nos procuraram muito para fazer roupas e fantasias para bloquinhos alternativos que tem pelas ruas ou festas privadas com abadá, que as pessoas gostam de fazer customização, dar umas modificadas. Então vendemos tecido sem parar para essas transformações. Foi ótimo", ela conta.

Demanda de tecidos para máscara aumentou as vendas

Segundo Abreu, apesar das dificuldades, a loja se manteve em boa situação ao longo da crise econômica acentuada pela covid-19 nos últimos dois anos. Ela conta que a demanda de tecidos para máscaras alavancou as vendas do empreendimento e provocaram uma reestruturação na prateleira de produtos oferecidos.

"Foi o que ajudou, pois não tínhamos muito material dessa área e tivemos que mudar um pouco nosso ritmo pois tínhamos muito tecido sintético e a gente sabe que para máscara tem que ser 100% algodão. Compramos tecidos de várias cores, estampas diferentes, para chamar o público. Tivemos um bom desempenho. Vamos melhorando aos poucos, gradativamente. A economia foi muito afetada devido ao que aconteceu no mundo todo, não tem jeito. Mas estamos nos levantando devagar, o que a gente espera é que melhore aos poucos, porque a gente está precisando", afirma ela.

Consumidores pedem descontos

Na avaliação de Maria, a inflação, porém, segue impactando a cadeia de fornecedores e, por conseguinte, distribuidores varejistas e clientes. Segundo ela, mesmo que os aumentos em alguns tecidos não sejam tão altos, qualquer centavo a mais ou a menos já faz diferença para o consumidor.

"A gente está sempre tentando dar um descontinho aqui. Tem muita pechincha. A gente tenta fazer de tudo para agradar os clientes porque a gente depende deles e eles dependem da gente. Quando compra em quantidade, a gente sempre arranja aquele descontinho que todo mundo gosta", diz.

Para Letícia Mota, cliente que compra tecidos para trabalhos artesanais, os preços estão bons e a variedade de tecidos cresceu. "No início da pandemia parece que deu uma quebrada nisso de variedade de tipo, cor, tecido. Agora está bem melhor. Em fevereiro fiz muito adereço de carnaval e algumas customizações. É um mês bom e eu acabei vindo bem umas três vezes aqui. Tem que aproveitar essas oportunidades para ganhar um dinheiro, né?", conta.

Já a comerciante de loja de variedades Maria Jesus Noronha afirma que por mais que as vendas ainda não tenham crescido o tanto que ela esperava em janeiro e fevereiro de 2022, o momento é de otimismo. "A procura vai subindo aos poucos. Não é como se todo mundo tivesse cheio de dinheiro para gastar, claro, mas vai comparar com essa época do ano passado. Tudo vazio, clima péssimo. Estamos em outro momentos. Então a tendência é melhorar daqui para frente, se Deus quiser", diz.

No Brasil todo, as vendas do varejo cresceram em 15 das 27 unidades da federação em fevereiro, com destaque para o Rio de Janeiro (3,0%), Alagoas (2,8%) e Pernambuco (2,5%). Já os destaques negativos vieram do Amapá (-3,7%), Rio Grande do Norte (-1,8%) e Amazonas (-1,7%). 

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