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Setor de serviços cresce 3% no Pará e coloca estado com 3º melhor desempenho no Brasil

Paraenses que trabalham no ramo afirmam que avanço da vacinação tem estimulado a economia

O Liberal

O setor de serviços no Pará cresceu 3% em janeiro de 2022, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quarta-feira (16).

O bom desempenho colocou o Pará como a terceira maior alta entre as 27 unidades da federação, atrás somente dos estados de Goiás (4,5%) e Amapá (3,7%). Na comparação com o resultado do mesmo mês de 2021, a alta foi de 8,5%.

O instituto avalia que devido a pandemia de covid-19, o setor de serviços no Pará enfrentou uma queda de 0,5% , em 2020, teve queda no volume de serviços de -0,5% e em 2021, o setor mostrou recuperação de 12,5%. 

Para Marta Pontes, que possui um restaurante no centro comercial de Belém, o bom resultado reflete o momento atual de controle da pandemia e avanço da vacinação.

"Você pode ver que impacta tudo, né? Tem mais gente trabalhando, comendo fora no almoço. Isso aqui estava vazio esses tempos ano passado. E em fevereiro e março também está muito bom. O pessoal não viajou em fevereiro quase e foi um movimento maior do que eu esperava. As coisas só não estão melhores porque cada dia que você vai no supermercado sobe o preço de alguma coisa aqui, alguma coisa ali. Tirando isso, não tenho do que reclamar", diz ela, há seis anos no ramo. 

Carlos Maurício Prado gerencia uma loja de consertos e informática próximo ao restaurante de Marta e conta que apesar do negócio dele não ter sido tão duramente afetado pela pandemia, notou um aumento de clientes desde o final de 2021. 

Ele afirma também que mais pessoas tem feito compras presencialmente. "Uma coisa que ajudou muito a gente até nos consertos foi isso buscar e levar na casa do cliente. Isso ainda tem, mas o fluxo de pessoas vindo aqui aumentou. Agora é torcer para os números da pandemia continuarem baixos, né? Porque se voltar tudo aí o povo some, gasta menos, sai menos", diz. 

Em nível nacional, o setor de serviços superou o patamar pré-pandemia, apesar da variação negativa de -0,1% na passagem de dezembro para janeiro, pois o IBGE registrou um acúmulo de 4,7% nos dois últimos meses do ano passado. Com o resultado de janeiro, o setor ficou 7,0% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

“Nesse processo de recuperação que o setor de serviços vem apresentando desde junho de 2020, há um predomínio absoluto de taxas positivas: são 15 positivas contra 5 negativas, ou seja, uma larga base de comparação, o que faz com que, vez ou outra, o setor mostre algum tipo de acomodação”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Ele destaca, no entanto, que ainda não é possível saber se o resultado marca um ponto de inflexão da série ou apenas uma tomada de fôlego.

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