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Empresas e redes sociais; saiba como utilizar melhor a internet para vender

Para ter sucesso é preciso definir o público que quer atingir, afirma pesquisadora

Abílio Dantas

A interatividade, que no passado foi materializada por ligações de telespectadores para os programas de televisão, assume um papel central em modelos de negócios na internet. Empresas que buscam potencializar suas vendas a partir das redes sociais, atraindo e fidelizando clientes, devem estar bastante atentos acerca do que diz e pensa o potencial comprador, assim como pesquisar as características das diferentes redes disponíveis no mercado atualmente.

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“O nome é ‘rede social’. Ou seja, se você não permite interatividade, não é social. Esse é um cuidado que as marcas precisam ter: estar nas redes é um caminho sem volta. As marcas precisam humanizar seus conteúdos, falar a verdade, reconhecer erros e adotar um tom de conversa com os consumidores. Criar conteúdo de valor é primordial”, explica a professora universitária Ana Paula Vilhena, que é consultora de Comunicação Organizacional e publicitária com mestrado em Antropologia e doutorado em Educação. Segundo ela, as marcas precisam mostrar muito mais do que seus produtos e serviços, “precisam mostrar personalidade e uma postura em relação ao mundo”.

Existe uma rede social melhor?

A pesquisadora destaca que não existe uma rede social melhor que a outra quando o assunto é ter relevância em determinado nicho de vendas. O primeiro passo é definir os objetivos da empresa e o público que deseja alcançar. “Não se pode afirmar que a rede A seja melhor que a rede B sem antes levar em conta uma série de fatores. Redes como o Facebook, o Instagram e o Linkedin, por exemplo, permitem excelente segmentação de audiência, onde é possível definir públicos de interesse por idade, gênero, geolocalização e também por perfil de consumo”, analisa.

O Youtube, ainda de acordo com a professora, é uma das melhores redes para compartilhamento de vídeos; no entanto, há perfis de público que são bastante ativos na plataforma e outros não. “O Twitter é interessante para compartilhamento de artigos e informações sobre as empresas. Esse tipo de conteúdo é interessante para criar vínculos e estreitar relacionamento com os clientes. O WhatsApp é a rede mais popular entre os brasileiros: praticamente todas as pessoas que têm um smartphone, utilizam o WhatsApp. Escolher entre uma rede ou outra vai depender do objetivo da comunicação, da buyer persona (junção de características do público-alvo em um personagem fictício, que tem como missão humanizar as pesquisas de mercado) e da brand persona (forma de linguagem da marca, como se ela representasse uma pessoa única) também”, explica.

A empresária Sally Lana considera as redes sociais “ferramentas obrigatórias", independente do ramo de atuação. (Foto: Sidney Oliveira / O Liberal)

A empresária Sally Lana, que possui uma loja física do ramo de roupas íntimas femininas há quatro anos em um shopping de Belém, considera as redes sociais “ferramentas obrigatórias, independente do ramo de atuação”. “Atuo no varejo há quase 10 anos. Já tive franquias de serviço e hoje minha operação é de produtos. Tenho uma franquia multimarcas de lingerie, e o que observei no decorrer dos anos é que o Instagram e Whatsapp sempre foram meus aliados, muitas vezes cruciais para o faturamento. São aplicativos populares, acessíveis para todas as idades e classes sociais”, afirma.

Para a empresária, apesar de as redes sociais estarem incorporadas no cotidiano de muita gente, contratar um profissional para gerir as redes das empresas é o mais apropriado a ser feito. “Geralmente o gestor terceiriza algumas áreas da empresa. O marketing é uma delas. Na minha opinião, se puder, comece desde o início essa parceria com um profissional capacitado e expert na área de marketing, como um social mídia. Isso facilita o alcance da marca, e com certeza o resultado vem mais rápido”, defende.

“As redes sociais trazem ambiguidade de interpretações, e falando por mim, que trabalho um assunto ‘íntimo’, que é a lingerie; me preocupo muito com a forma de divulgar o trabalho da minha loja. Sem ofender ninguém, a brincadeira é saudável e as mídias ficam mais leves. Eu, pessoalmente, tento levar nosso trabalho para um lado mais cômico, e tem dado resultados excelentes”, destaca.

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