Empreendedores falam sobre reajuste do MEI e pagam visando aposentadoria e segurança para clientes
Contadora reforça que clientes, depois de entenderem o porquê do reajuste na contribuição mensal, concordam com mudança
Com o aumento do salário mínimo de R$ 1.100 para R$ 1.212, as contribuições mensais dos microempreendedores individuais (MEIs) também foram reajustadas e passam a ser R$ 60,60 a partir da guia de 20 de fevereiro. Isso porque o valor referente ao INSS do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI) corresponde a 5% do salário mínimo – corrigido em 10,18%. A contadora Thayna Mercês explica que, ao explicar aos clientes o motivo do aumento, eles compreendem e concordam com a mudança.
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A especialista também orienta aos empreendedores que estão fazendo o MEI, a dica é ficar atento aos pagamentos das guias mensais e ao envio da declaração anual. “Para quem já tem o MEI formalizado, pode acessar o site do portal do empreendedor, clicar em ‘já sou MEI’ e depois em ‘pagamento de contribuição normal e parcelamentos’, que o site direcionará para a página que terá a opção de geração da guia mensal”, explica.
Microempreendedores reclamam da alta na contribuição
Cintia Bordes, de 42 anos, tem MEI há pelo menos sete anos. Depois de ter duas lojas de artigos de variedade, hoje ela possui um espaço onde comercializa roupas de brechó – usadas e em bom estado de conservação – e ainda alguns produtos de gênero alimentício. “Agora já passei a vender farinha, farinha de tapioca, descartável. Sou mãe e pai de dois, né? Um de 13 anos e outro de 7. Então está tudo muito caro, escola, plano de saúde que não deixo faltar”, conta.
Atualmente, a empreendedora, que não sabia do reajuste, é uma das que concordam com a alteração, já que é uma forma de garantir uma aposentadoria. “Eu penso mais em aposentadoria já que não trabalho fora. Não estava sabendo dessa diferença, que não muda tanto assim, e tem que pagar, porque pelo menos é uma garantia para o futuro. Eu me viro nos 30 né, preciso pensar no futuro”, finaliza
Também empreendedor, Ewerton Araújo, de 29 anos, trabalha com a esposa prestando serviços de decoração. Para dar mais segurança aos clientes, ele decidiu fazer o MEI em 2021, em julho. Para ele, no orçamento, não representa muita coisa, e compensa, já que, para uma empresa que o contrata, é importante ser uma empresa oficializada.
“A gente paga o MEI para passar segurança aos nossos clientes. Quando emitimos recibo, tem contrato, tem mais confiança. Não foi nem visando a aposentadoria em si que fizemos, é porque ter empresa registrada dá uma confiança maior. E a gente está acostumado com aumento de tudo. A cada ano que passa, aumenta aluguel, gasolina, matéria-prima, isso nem me assustou”, concluiu.
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