Empreendedores de Belém buscam no digital formas de reduzir os custos e alcançar outros públicos

Para analista do Sebrae, é importante somar os canais, pois muitos consumidores ainda buscam pelas experiências sensoriais do presencial

Elck Oliveira

Migrar para o ambiente digital, seja site ou mídias sociais, pode ser uma saída para empreendedores que desejam reduzir custos com lojas físicas, mas também uma forma de conquistar novos públicos. Durante a pandemia de covid-19, muitos se viram obrigados a abraçar o novo formato, por conta das restrições sanitárias, e, desde então, uma grande parte desses empreendedores não voltou mais ao ambiente físico. Para o analista do Sebrae no Pará, Péricles Carvalho, o digital, quando se fala do mundo dos negócios, é sim uma realidade, mas algumas questões precisam ser ponderadas. 

O consumidor hoje quer a agilidade do digital mas, também quer as experiências sensoriais do presencial, por isso, em minha opinião, deve-se manter os dois canais, e quando bem gerenciados, podem aumentar as vendas e suprir a necessidade de recursos para as despesas maiores do atendimento físico. No geral, qualquer tipo de negócio pode ter presença digital, mas alguns demandam formatos mais inovadores e com maiores custos devido aos produtos que são vendidos”, alerta. 

Para Péricles, os negócios digitais não são mais apenas tendências, são uma realidade, principalmente devido às exigências do mercado consumidor atual, que, cada vez mais, busca por inovações que permitam uma melhor experiência. “Existem pesquisas que apontam que mais de 80% dos consumidores brasileiros já fizeram compras online e usam de forma comum esse método de compra. Eles estão colocando como prioridade, não apenas preço, mas a experiência, e isso irá demandar novas tecnologias de todas as empresas”, analisa. 

Segundo o analista, no entanto, a migração dos negócios para o mundo virtual não deve ser 100%, pois os hábitos de consumo hoje exigem não a exclusão dos canais, mas a complementaridade dos dois. “Migrar para o digital, em detrimento do físico, não irá resolver os problemas por si só. Os dois jeitos precisam se complementar. O Sebrae presta esse tipo de assistência com preparação através de consultorias, conteúdos e cursos que podem preparar melhor o empresário para essa migração, que apesar de ser necessária, não é tão simples”, detalha.  

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A administradora e empreendedora Renata Palheta, de 34 anos, tem seguido à risca esse método. Ela conta que a loja de aluguel e venda de roupas masculinas nasceu há mais de quatro anos, de maneira tradicional, com sede física. Durante a pandemia de covid-19, o negócio teve que se adaptar para o digital, mas, depois de passada a emergência sanitária, ela sentiu a necessidade de voltar com o atendimento físico. 

Com a pandemia, percebemos a importância da vitrine virtual, que tem um alcance maior de um público, além da possibilidade de conseguir trabalhar com um estoque virtual, com o qual se consegue equilibrar o custo. Por isso, hoje, funcionamos pelo físico e o digital. Hoje, sou eu e mais duas pessoas que me ajudam nas demandas, que vêm principalmente pelas plataformas do Instagram, Facebook e Google”, explica. 

Publicitária aposta no digital há mais de dez anos

Já a publicitária e empreendedora Ana Paula Pinho montou a sua loja de acessórios e semijoias há quase 11 anos, de forma pioneira, totalmente digital. Segundo Ana, a formação em Publicidade a instigou a querer investir em um negócio virtual e ela nunca chegou a ter uma loja física, apenas digital. “Eu sou publicitária há 23 anos e sempre gostei de desafios. A era digital me fascina, adoro me comunicar de várias formas e aliar a compra à comodidade digital, com o diferencial de receber o produto na sua casa foi realmente uma novidade no mercado de varejo em Belém”, lembra. 

De acordo com a empresária, a loja também cresceu por oferecer ao mercado local novidades de marcas famosas já conhecidas no Brasil, mas que não  eram vendidas em Belém. Os negócios são feitos apenas por meio das mídias sociais e um site que recebe pedidos de todo o Brasil. “Sem dúvida, o digital me proporciona melhor custo benefício para manter a loja, atendimento melhor e diferenciado e rapidez em levar o produto ao alcance de vários públicos de uma só vez”, avalia. 

Ana Paula também dá consultoria para outros empreendedores que querem migrar ou acoplar o digital a sua realidade. “É importante fazer uma pesquisa de mercado antes de montar qualquer negócio, verificar se o produto ou serviço é viável para venda, montar estratégia on line, ter bons fornecedores, e, principalmente, ter uma boa mídia digital. Pulverizar canais digitais é o pulo do gato para ter muitas vendas. Ter uma logística de pagamento e entrega de qualidade e com segurança também fazem a diferença”, ensina.

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