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Amazônia é celeiro para novos negócios

Empreendimentos com foco em sustentabilidade se destacam como novos modelos de negócios para a região

Fabrício Queiroz

A biodiversidade é um ativo importante para muitos negócios da Amazônia. A abundância de recursos naturais, mas também as múltiplas formas que podem ser exploradas, por vezes ainda pouco conhecidas, possibilitam o surgimento de empreendimentos diferenciados e com grande potencial para gerar inovação.

O avanço da preocupação global com proteção da natureza e com alternativas de desenvolvimento baseadas em sustentabilidade são alguns dos fatores que fortalecem essa tendência, de acordo com a análise de Renata Batista, gerente da Unidade de Soluções e Inovações do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae no Pará. “Grandes empresas e investidores nacionais e internacionais têm apostado em negócios que tenham como propósito gerar impactos positivos para a floresta, utilizando os recursos naturais da Amazônia de forma sustentável, promovendo inclusão e geração de renda para a comunidade”, afirma.

Uma forma eficaz de se atualizar, sob o olhar da inovação, é investir em lideranças inovadoras - Renata Batista, gerente da Unidade de Soluções e Inovações do Sebrae

Nesse sentido, a região ganha território em novos segmentos mais alinhados com um mercado e consumidores cada vez mais exigentes. É o caso da bioeconomia, um ramo em que se emprega a aliança entre saberes tradiciofinanceinais e com conhecimentos técnicos e científicos para produzir produtos e serviços com menor impacto ambiental. A bioeconomia está presente, por exemplo, na produção de biocosméticos, alimentos, fármacos e outros em que se tem recursos oriundos da floresta como matéria-prima. Renata Batista ressalta, no entanto, que a incorporação da inovação nos modelos de negócios não precisa necessariamente de grandes investimentos financeiros ou tecnológicos. Segundo ela, o aspecto primordial é que o empreendedor avalie as melhorias que pode implementar em suas ações.

“Quando falamos do mercado regional, com base em insumos da Amazônia, pode-se investir na criação de canais digitais para divulgação e venda; no branding do negócio, o que cria um diferencial competitivo importante; e no desenvolvimento de novos produtos”, pontua a gerente.


Sustentabilidade é um ótimo princípio


Outras medidas necessárias são no sentido de incorporar sustentabilidade como princípio em todos os aspectos, tanto para diminuir seus impactos no meio ambiente, quanto para manter a saúde financeira do negócio, que, junto com outras práticas, ajudam a incrementar a competitividade de uma empresa. “Além disso, estudar o mercado de atuação é imprescindível. Mapear os melhores players do seu segmento e ter um planejamento estratégico bem definido”, destaca Renata.

Seja na Amazônia ou em qualquer região, aplicar a inovação em um empreendimento requer também conhecimento. É com base em informações técnicas e científicas, experiências, dados do mercado, novos conceitos e na busca por soluções que a inovação se faz na prática, contribuindo para que um negócio se mantenha ativo e relevante para os consumidores. Para Renata Batista, a compreensão disso é um passo decisivo para os empreendedores que querem atuar sob uma nova perspectiva.

“Uma forma eficaz de se atualizar, sob o olhar da inovação, é investir em lideranças inovadoras, um profissional que avalie o cenário e busque novas soluções para problemas antigos ou corriqueiros. Dar liberdade para que se construa uma cultura de criatividade na empresa também é um ponto positivo, uma vez que, para que a inovação aconteça, a empresa deve ter um ambiente propício para isso. E invista em capacitações, busca de conhecimento do mercado, parcerias e tendências. A partir disso, defina metas e mensure o progresso”, conclui.
 

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