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Em Belém, pneus viram obra de arte para abrigar plantas

Nesta segunda (14), 20 mulheres dos bairros do Jurunas, Cremação e Condor participam de uma oficina onde pneus descartados são transformados em floreiras

João Thiago Dias / O Liberal

Um pneu pode demorar até 600 anos para se decompor. Logo, o descarte inadequado pode causar muitos impactos negativos no meio ambiente. Com o objetivo de dar uma nova utilidade para esse artefato de borracha, 20 mulheres dos bairros do Jurunas, Cremação e Condor, em Belém, participam, nesta segunda (14), de uma oficina onde pneus descartados serão transformados em floreiras. Será às 8h30, na Praça Milton Trindade (antiga Praça do Horto), no bairro de Batista Campos.

Essa será a segunda oficina de reaproveitamento de resíduos sólidos promovida neste mês pela Prefeitura de Belém, por meio do Programa de Educação Ambiental e Sanitária (Peas), do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), com com execução do Consórcio TPF/Synergia.

O artesão Orlando Serra, que trabalha há nove anos com reaproveitamento de pneus no bairro do Curió-Utinga, será o responsável pelas técnicas da oficina. "A gente ensina a transformar pneu em arte, fazendo apologia à fauna e à flora com pinturas. Os pneus viram floreiras. Minha esposa, meu filho e eu trabalhamos com isso", contou.

"Nossa preocupação é com o meio ambiente e com a sustentabilidade. Além de ser uma maneira de garantir recursos para nossa manutenção, mostramos para a população do nosso bairro o direcionamento correto para os pneus. E as consequência maléficas do descarte incorreto", detalhou Orlando.

No dia 7 de junho, a primeira oficina reuniu 20 mulheres desses mesmos bairros para o aprendizado sobre fabricação de pufes. O objetivo dessas programações é oferecer às mulheres uma oportunidade de renda a partir de materiais que seriam descartados e que levariam de 200 a 600 anos para se decompor na natureza.

O Liberal