Volume de serviços cai 0,7% em agosto
Resultado acumulado nos últimos 12 meses, porém, é positivo
O volume mensal de serviços no Pará caiu -0,7% no mês de agosto, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No mês anterior, julho, a variação havia sido positiva, com uma alta de 2,8% no estado. Com o resultado de agosto de 2022, o Pará ficou em 23° lugar perante os demais estados do Brasil.
O mês de agosto de 2022 foi um dos seis meses durante o período de um ano que teve queda no volume de serviços no estado, junto aos meses de: agosto de 2021 (-2,6%), dezembro de 2021 (-2,3%), setembro de 2021 (-1,1%), maio de 2022 (-0,5%) e junho de 2022 (-0,3%).
Já na variação acumulada dos primeiros oito meses do ano de 2022 em todo o Pará, a pesquisa apontou que os índices ficaram em 6,8% em agosto de 2022. Nos últimos 12 meses, a variação ficou em 6,5%.
Dentre as unidades da federação que também tiveram queda no volume de serviços em agosto há ainda os estados do Paraná (-7,1), Goiás (-3,4%), Mato Grosso do Sul (-1,3%) e Rio Grande do Sul (-1,1%). Já, dentre as que tiveram alta, o destaque foram o Amapá (6,2%), Acre (6,1%) e Distrito Federal (5,0%). Em todo o Brasil, o volume de negócios expandiu 0,7% em julho.
"O setor está 10,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,9% abaixo ponto mais alto da série histórica (novembro de 2014). Na série sem ajuste sazonal, frente a agosto de 2021, o volume de serviços no país cresceu 8,0%, sua 18ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano chegou a 8,4% e o acumulado nos últimos doze meses passou de 9,6% em julho para 8,9%", afirma o Instituto. Para o analista responsável pela pesquisa, Luiz Almeida, os bons números refletem o retorno das atividades presenciais e o consequente aumento na geração de empregos. O setor de tecnologia e informação foi, segundo ele, o principal responsável pelos bons resultados de 2022.
Na opinião de William Ferreira, que possui uma lanchonete e sorveteria no bairro Cidade Nova 8, em Ananindeua, o consumo está em alta. Ele conta que agosto de fato é um mês que as pessoas gastam menos, por conta do retorno das férias de julho, mas que não sentiu redução no número de clientes.
"Acho que por enquanto as coisas estão indo bem. Já passamos daquela fase ruim que foi em 2020 e 2021. Vejo o povo saindo mais casa e isso gera consumo. E daqui para o final do ano deve melhorar ainda mais", diz.