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Um quarto dos consumidores de Belém entra no rotativo do cartão, seguindo tendência nacional

Cartão de crédito é apontado como primeira opção por 37% dos consumidores

Redação Integrada de O Liberal

Um a cada quatro brasileiros entrou no chamado rotativo do cartão de crédito, no primeiro trimestre deste ano, segundo aponta pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na prática, os dados indicam que 25% dos consumidores brasileiros atrasaram ou pagaram parcialmente a fatura desta modalidade de crédito por mais de 30 dias. Os números levantados na capital paraense, de acordo com os dados da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belém (CDL-Belém), seguem a tendência nacional.

Conforme explica do presidente da CDL-Belém, Álvaro Cordoval, é possível perceber a redução do consumo no cartão de crédito devido à restrição desta modalidade de pagamento pelas financeiras, dada a inadimplência total ou parcial. Ainda assim, Cordoval assegura que o consumo na grande Belém não se restringiu, sobretudo nos chamados bens essenciais.  "Não percebemos queda em nossos indicadores de vendas, mas, evidentemente, ficamos preocupados, pois o endividamento impacta alta de juros e elevação da cautela entre os consumidores", comenta.

Ainda de acordo com a pesquisa, 37% dos consumidores indicaram que o cartão de crédito é sua primeira opção dentre as modalidades de pagamento. Oferecido por muitos estabelecimentos na Grande Belém, o crediário foi a segunda principal escolha, apontada por 10% dos consumidores. Alguns consumidores também citaram o limite do cheque especial (9%) e os empréstimos (7%) e financiamentos (5%). Ao todo, 44% dos consumidores utilizaram, ao menos, uma dessas opções de crédito ao longo do mês de fevereiro, ante 56% que não usaram nenhuma.

Segundo explica a professora universitária e servidora do Ministério da Economia Andresa Cardoso, planejar é a principal medida para sair do colapso financeiro. Ela sugere a aplicação de um método para controle dos gastos, chamado 50-15-35. "Analisando a renda deste consumidor, ele precisa dedicar 50% dela para os chamados gastos essenciais, como aluguel, condomínio, luz, água, telefone, plano de saúde, entre outros. Já outros 15% da renda são destinados às prioridades financeiras, como as dívidas de empréstimos e financiamentos. Por fim, os 35% restantes das receitas devem ser destinados ao estilo de vida, que está ligado ao lazer, como prática atividades físicas, cuidados pessoais, entre outros", ensina. 

Economia