Tradicional café com leite está mais caro em Belém; altas no preço ficaram acima da inflação
Em um ano, litro do leite aumentou 8,14%, enquanto o quilo do café ficou 23,38% mais caro
A alimentação básica dos paraenses ainda continua entre as mais caras do país. Entre os principais itens que tiveram alta nos últimos meses, está o tradicional café com leite de todo dia.
De acordo com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), em junho do ano passado, o preço do litro do leite comercializado em padarias e supermercados de Belém estava custando, em média, a R$ 4,79. Já o quilo do café estava sendo comercializado no mesmo período, em média, a R$ 16,68. Ainda segundo o Dieese/PA, em dezembro de 2020, os produtos fecharam o ano custando, em média, R$ 5,17 e R$ 17,62 o quilo, respectivamente.
O balanço aponta ainda que, nos últimos 12 meses (junho 2020 – junho 2021), o leite teve um aumento de 8,14 % e o café teve alta de 23,38%. A pesquisa mostra também que, no primeiro semestre desse ano, o café ficou entre os produtos com as maiores altas de preço, com um reajuste de 16,80% e com alta acima da inflação estimada para o mesmo período, em torno de 3,50%.
Segundo o Dieese, no mês passado, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.555,59 sendo necessários, portanto, aproximadamente 1,71 salários mínimos, baseado no valor do salário mínimo atual de R$ 1.100,00, para garantir os custos com alimentação do trabalhador e de sua família.
A pesquisa da cesta básica de alimentos dos paraenses comercializada em Belém no mês de junho/2021 mostra ainda, que para comprar os 12 itens básicos da Cesta, o trabalhador paraense comprometeu 50,96% do atual salário Mínimo e teve que trabalhar 103 horas e 42 minutos das 220 horas previstas em Lei.
Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo Integrado de Política.