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Trabalhadores movimentam agências da Caixa em busca de informações sobre FGTS

Pagamentos de dívidas e despesas com a casa são prioridades para destino do dinheiro

Abílio Dantas

O anúncio da liberação para recebimento de valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que terá início na próxima sexta-feira (13), tem movimentado as agências da Caixa Econômica Federal (CEF) em Belém. Trabalhadores de diversas categorias estão em busca de informações para saber se têm direito ao saque máximo de R$ 500, mas antes mesmo da confirmação, já sabem como irão aplicar o dinheiro caso tenham acesso. O pagamento de dívidas e o sonho da casa própria são os destinos prioritários. Pessoas nascidas em janeiro, fevereiro, março e abril, fazem parte do grupo que começará a sacar ainda nesta semana.

“Em momentos de crise econômica, como a que estamos vivendo é importante que o Governo Federal pense formas de fazer com que a gente tenha um pouco mais”, diz Roberto Pereira Souza, zelador de uma escola da capital paraense. Enquanto esperava em uma fila da Caixa na agência da avenida Dr. Freitas, na manhã de quarta-feira (11), onde aguardava receber orientações sobre um pagamento, ele relatou como irá gastar o dinheiro do seu FGTS que será disponibilizado.

“Não tenha dúvida: eu, como a maioria das pessoas, irei, de imediato, tentar diminuir um pouco as dívidas para ficar mais tranquilo”. Roberto afirma que, “ainda bem”, não está tão endividado como outras pessoas que conhece. “Tenho apenas que quitar algumas dívidas de casa”, completa.

Assim como Roberto, o gerente de autopeças Francisco Costa pagará dívidas com os valores do Fundo e elogia a medida tomada pelo Ministério da Economia pois, para ele, “não tem sentido deixar o dinheiro parado”. “Eu tenho duas contas, pois espero sacar R$ 1 mil, R$ 500 de cada. Estou pensando em ‘desenrolar’ algumas dívidas. Vai vir em boa hora, e espero que o Governo tome mais atitudes como essa em benefício da população”, elogia.

“Vou quitar uma dívida de cartão”, conta o motorista profissional Jeferson Melo. Para ele, o maior receio no momento atual é ficar com o “nome sujo” por conta de dívidas não sanadas. “O que eu quero é ficar em dia, com tudo pago, para que eu tenha direito a crédito. Se você fica com o nome sujo, acabou (o acesso a empréstimos). Assim que puder sacar, é isso que vou fazer”, anuncia.

Com mais de 20 anos de trabalho como eletricista, Edilson Borges Maciel só pensa em uma coisa quando o assunto é o recebimento de adicionais para suas finanças: terminar a construção de sua casa própria. Depois de anos de trabalho, ainda falta serem comprados alguns materiais. “Vou construindo a minha casinha aos poucos e, com essa liberação, vou continuar fazendo a mesma coisa. O que mais a gente quer além da nossa casa? De jeito nenhum que eu iria gastar em outra coisa”, enfatiza.

Em frente ao prédio da agência Ver-o-Peso da Caixa, na avenida Presidente Vargas, a técnica ambiental Suellen Nogueira afirma que não tem direito ao recebimento de nenhum montante, já que precisou retirar o dinheiro do Fundo quando ficou desempregada em 2017. Da mesma maneira que o eletricista, ela também priorizou o seu lar, e não gastar com “coisas que não têm nada a ver, como farra”. “Quando eu precisei do dinheiro, comprei eletrodomésticos que precisava e também paguei dívidas da casa”, lembra. “Aconselho que as pessoas tenham consciência ao usar, pois logo acaba”, conclui.

Economia

O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, entende que a melhoria da economia a partir da política financeira terá origem por meio de um “efeito em cadeia”. “Será semelhante ao 13º salário no fim do ano, que faz movimentar uma cadeia de melhorias. Você vê que setores como o de materiais de construção podem ser favorecidos”, declara.

No Pará, serão injetados R$ 2,5 bilhões neste segundo semestre, somando o FGTS, o PIS, a Restituição do Imposto de Renda (IR) e o 13º salário. E 33 milhões de pessoas receberão o crédito diretamente nas contas de poupança.

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