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Setor hoteleiro de Belém vê Cúpula da Amazônia como ‘laboratório’ para COP 30

A ocupação de leitos para o evento, segundo o SHRBS, já está próxima dos 100%, porém, entidades elencam peculiaridades que devem ser levadas em consideração

Camila Azevedo e Valéria Nascimento
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Organização e planejamento mobilizam a rede hoteleira de Belém em razão da realização da Cúpula da Amazônia, nos próximos dias 8 e 9 na capital paraense. Para a data, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS) estima que a ocupação de leitos já esteja próxima dos 100%. O evento trará os chefes de Estado de países que fazem parte da Pan-Amazônia - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela -, e o setor produtivo vê a reunião como uma oportunidade para entender as melhorias que precisam ser feitas até a COP 30.

Fernando Soares, assessor jurídico do SHRBS, explica que várias peculiaridades devem ser atendidas durante hospedagens deste tipo, levando em consideração as diferenças existentes em cada país. Por isso, ele acredita que uma série de modificações ainda vão precisar ser feitas para receber os chefes de Estado e as delegações estrangeiras para o evento. “Você não pode dar a esse pessoal o mesmo trato que você dá ao turista comum, é lógico que não. Você tem que se adequar aos costumes de cada país. Por exemplo, os muçulmanos, na época da COP tem a hora da oração, então você tem que ter um espaço”.

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A Cúpula trará um contingente menor que a COP, mas será tida como molde das adaptações que o setor precisará atender até 2025. “Hoje, Belém tem cerca de 13 mil leitos na área metropolitana e chega a 25 mil contando toda a sorte de hospedagem: hostel, condomínio-hotel, apart hotel, motel, pousadas, pensões… Você chegaria a 25 mil. A gente tem um déficit de pelo menos 40 mil leitos para atender às necessidades da COP. Segundo as notícias que a gente tem tido, é que o desassoreamento do porto de Belém está sendo feito para que sejam ancorados transatlânticos que servirão como hospedagem”.

De acordo com Fernando, essa seria uma solução viável para oferecer a quantidade de leitos necessária para o evento e, aliado a isso, com as especificidades que são necessárias para atender aos visitantes. Entretanto, o porta-voz do SHRBS afirma que a cidade não está preparada para receber reuniões da envergadura da COP . “São 193 países, cada um tem a sua peculiaridade, existem outras peculiaridades do tipo: a delegação de árabes não fica junto dos israelenses, o país A não fica junto do país B porque não tem relações diplomáticas, enfim… Tem uma série de vírgulas que precisam ser contornadas para se chegar ao denominador comum”.

Fernando aponta que o percentual médio de ocupação nas hospedagens de Belém gira em torno de 40% a 60%, só alcançando o pico na época do Círio. Isso porque outros tipos de locais são disponibilizados para atender a população que visita a cidade, como casas de parentes. “A acomodação é muito mais fácil. Além do que as pessoas são muito mais simples e o protocolo para recepção delas, evidentemente, não é uma coisa tão formal quanto de um chefe de Estado. Eu não tenho como acomodar, por exemplo, o Benjamin Netanyahu, que é o Primeiro-Ministro de Israel, em um hostel, é lógico que não”.

Laboratório

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-PA) acredita que a Cúpula da Amazônia será uma espécie de laboratório para que haja uma melhor preparação para o grande evento que será a COP 30 em 2025. “Teremos oportunidade de entendermos o que podemos fazer para melhorarmos nas hospedagem e serviços. Todas as suítes presidenciais, Masters, VIPS e de nível superior já estão lotadas. A hotelaria ainda trabalha para reformar outros apartamentos para atender as variadas exigências dos chefes de estado. Certamente teremos um grande evento que colocará Belém no eixo de eventos”, comenta Toni Santiago, presidente da instituição.

Cúpula da Amazônia

A Cúpula da Amazônia representa a maior iniciativa internacional do Brasil em 2023 e faz parte das preparações para a COP 30, que também será realizada em Belém. Os oito países da Pan-Amazônia estarão reunidos na capital do Pará para a adoção de uma política comum, visando o desenvolvimento sustentável da região e definindo compromissos de cooperação por meio da retomada do diálogo e do fortalecimento de relações entre entidades governamentais e civis.

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