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Semana Brasil começa nesta quinta e promete aquecer o comércio de Belém

Incentivada pelo governo federal, programação vai iniciar uma temporada de preços remarcados no Pará e em todo o País

Roberta Paraense

A Semana Brasil começa nesta quinta-feira (3) e segue até o próximo domingo (13). Incentivada pelo Governo Federal, a programação vai iniciar uma temporada de preços remarcados no comércio e serviços de todo o País. Este é o segundo ano que o varejo é impulsionado a criar promoções no mês em que é comemorada a Independência do Brasil. Mas, mesmo sendo iniciada em 2019, a campanha ainda não ganhou força no mercado. Consumidores e até mesmo lojistas desconhecem a iniciativa que, em 2020, está sendo ampliada, sobretudo, para alvancar a economia após a quarentena.

Faltando um dia para o início da programação, na quarta (2), o centro comercial de Belém não vestia verde e amarelo. A maior parte das lojas estava descaracterizada, fora do tema da programação. Os comerciantes entrevistados pela reportagem desconheciam o evento. A gerente de uma loja de informática, na rua João Alfredo, Tânia Ferreira, 43 anos, trabalha no ramo há duas décadas. Ela não sabia sobre a semana e diz que já faz promoções ao longo do ano.

“Eu estou há 20 anos no comércio e ainda não vi nada neste sentido. Nós fazemos várias ofertas, remarcamos os preços assim que o produto passa muito tempo na loja, para ele não ficar encalhado. Acho que essa é a melhor estratégia de vendas, neste momento de retomada. Por isso, a campanha seria indiferente neste momento”, comentou a lojista.

Para Tânia, neste período pós-quarentena, as vendas já estão aquecidas. “Eu, pelo menos, não esperava tanto, mas as pessoas compram, levam o que gostam. Acredito que o auxílio emergencial tem ajudado neste sentido”, enfatizou.

O comerciante Celinor Silva, de 38 anos, mantém quatro lojas no comércio, com venda de confecções em geral. Ele explica que acha importante uma programação promocional em setembro, no entanto, desconhece a Semana Brasil. “Nós não estamos sabendo, mas seria legal e uma forma de incentivar as pessoas comprarem mais. Os clientes adoram ofertas, isso é fato. Quando tem placa, a loja, pelo menos, fica mais cheia”, afirmou. 

Informado pela reportagem sobre o evento, Celinor afirma que vai aderir à programação. “Vou me organizar para esta semana colocar alguns balões, ver até uma placa, e os itens que podem ser remarcados. O Governo deveria divulgar mais para estimular todos. Falta propaganda na TV, rádio”, disse.

A dona de casa Thatiana Alves, de 35 anos, também não conhece o evento. Ela diz que frequenta regularmente o comércio e nunca ouviu falar da programação. “Quem não gosta de uma oferta? Eu até me preparo e guardo dinheiro para comprar algumas coisas”, disse a consumidora.

Ofertas

Pelo segundo ano, a papelaria de Antônio Grelo Cabral, que fica na Vileta, no bairro do Marco, irá aderir às semana. “Em setembro, temos um hiato de programação no varejo e a Semana do Brasil vem preencher essa lacuna. Não tem como fazer alguma comparação de faturamento. Podemos dizer que em 2019, o evento deu uma motivada nas vendas. Este ano, estamos esperando a mesma situação”, informou.

A papelaria pretende remarcar as etiquetas de produtos de artesanato, material escolar e de papelaria. Este ano, os descontos na loja devem variar de 10% a 40%. O percentual vai depender do item e do valor dele. “A semana é uma forma de impulsionar as vendas. Considero muito importante para todo o comércio”, avaliou.

Lojistas

O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindiloja), assim como outras entidades empresariais, aderiu à programação, na capital. Segundo o presidente da entidade, Joy Colares, a data alia o espírito patriótico de 7 de Setembro com o crescimento do varejo. Ele garante que o Sindicato divulgou o período aos seus associados. “Desde o ano passado, estamos com esta campanha. No site do Sindiloja há todas as informações. Elas também foram divulgadas pela entidade”, comenta.

Colares acredita que, a partir desta quinta-feira (3), o comércio passe a aderir à Semana Brasil. “As pessoas ainda estão se preparando. Esta campanha é uma forma de exercer o patriotismo. O brasileiro adotou o Black Friday, uma tradição americana que se tornou popular no país através do comércio eletrônico”, lembrou Colares. “É uma forma de incentivar o consumo. Não sabemos o quanto isso pode impactar no faturamento, ainda é cedo para darmos indicadores”, completou Colares.

Economia