Secretaria apreende redes de pesca, armas e equipamentos nas regiões sudeste e nordeste do estado
Ações de combate à pesca predatória apreendem materiais utilizados para atividades ilegais nas regiões
As fiscalizações de combate à pesca predatória realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) apreenderam 8 mil metros de redes de pesca irregulares, pescado, materiais e equipamentos utilizados para atividades ilícitas nos municípios de Tucuruí, Jacundá, Nova Ipixuna, Breu Branco e Novo Repartimento, nas regiões do sudeste e nordeste do estado.
As fiscalizações tiveram início no dia 13 deste mês e terminaram nesta sexta-feira (23). Na região do Caraípe, na BR-422, próximo da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, os fiscais ambientais apreenderam 300 kg de pescado, dois motores de rabeta, um arpão, uma motosserra e 500 metros de malhadeira.
Além disso, a Secretaria de Agricultura de Breu Branco mantém sob confisco as cargas que foram detidas no Porto do Km 11, entre elas estão 573 estacas da espécie de madeira acapu, exploradas de forma clandestina, e um veículo bufete (caminhão improvisado e irregular para transporte de madeira).
As fiscalizações que ocorreram nos municípios de Jacundá e Nova Ipixuna, na região de Massaranduba 2, Piranheiro, Volta Redonda, Vila Belém, Vila Tauari e Praia da Rainha também confiscaram uma espingarda, quatro munições, um couro de veado, um Sporolhila angolensis (curió), duas gaiolas e dois alçapões. Ainda foram apreendidos uma antena de internet, quatro amarradores, um fogão, 300 metros de rede de fio de seda - disponível para ser doada para a Polícia Militar.
Nesses municípios houve a desmobilização de um acampamento, inutilização de duas canoas, de 20 caixas térmicas de isopor e duas sacas de redes de pesca, contabilizando um total de 2.500 metros do material apreendido.
Solange Chaves, da Diretoria de Fiscalização da Semas, explica que os amarradores flagrados em atividade ilegal são práticas proibidas e ainda agravada com a utilização de malha de 7 cm de distância entre os nós opostos da rede, também proibida no Lago de Tucuruí. “Uso do amarrador e tamanho mínimo de malha não permitida no Lago. Neste caso temos tanto apetrecho proibido quanto o método de pesca também proibido, de arrasto e cerco, que chamam de amarrador, porque deixam a rede amarrada nas árvores”, descreve.
A fiscalização nas localidades de Saúde, Valentim, Boga e Jatobá, no município de Novo Repartimento, flagrou na pesca predatória a utilização de 80 panos de malha 7cm de distância entre os nós, um motor rabeta marca Honda, um tatu abatido com arma de fogo, uma bateria, 100 kg de pescado de espécies variadas, uma Sporolhila angolensis (curió).
No encerramento da operação, no percurso Jacundá-Tucuruí, a atividade de fiscalização atingiu as regiões Timbozal, Ararao, Porto Novo, Base 3, Base 1 (parte de trás), São Miguel e Funai, com apreensões de 115 estacas da espécie taúba e 200 metros de rede de pesca.