Secon quer aumentar em 20% a produção da agricultura familiar em Belém

Até 2020, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) pretende aumentar em 20% a produção de alimentos oriunda da agricultura familiar na capital paraense. Atualmente, apenas 25% dos produtos consumidos em Belém são cultivados no Pará e, deste total, apenas 5% é produzido no município. Segundo o titular da Secon, Rosivaldo Batista, 75% dos produtos hortigranjeiros encontrados em Belém, atualmente, é originário de outros estados.

Para alcançar a meta, o secretário municipal de Economia, Rosivaldo Batista, afirma que uma série de ações vão começar a ser implementadas ainda este ano, como é o caso da 1ª Feira de Agricultura Familiar da Secon, que será realizada pela primeira vez na próxima sexta-feira, 1, de 7h à 13h, no Mercado da Sacramenta, localizado na avenida Senador Lemos. "Com essa feira, buscamos iniciar o cadastro de todos os produtores rurais do município. Classificando o que cada um planta e em qual local, para podermos desenvolver um mapeamento completo e, assim, saber como melhorar a produção de cada coisa. Todos que estarão presentes na feira já passaram por esse cadastro. Inicialmente, será realizada de 15 em 15 dias, mas poderá passar a ser quinzenal", explica Batista.

As ilhas de Cotijuba e Mosqueiro, ainda segundo o secretário, são os locais onde há produção agrícola com maior destaque na cidade, por isso serão priorizadas. "Em Cotijuba, você encontra principalmente o cultivo de hortaliças folhosas, como alface e coentro. O destaque também são as hortaliças em Mosqueiro, ainda que sejam voltadas principalmente para o consumo interno da ilha. Vamos ofecerer cursos de aperfeiçoamento técnico para os agricultores, o que será feito em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)", anuncia o gestor.

A criação de patos, que deve ser voltada para o fornecimento dos consumidores de Belém, sobretudo para a festividade do Círio de Nazaré, é um dos planos da Secon também para a região das ilhas. "Estamos entrando em contato com grandes criadores de pato para estabelecer as ilhas como locais de referência para a venda do animal. Precisamos aproveitar o potencial desse comércio", defende.

No caso específico de Outeiro, Rosivaldo informe que será concretizado um projeto de parceria entre a Secon e a Escola Municipal Casa-Escola da Pesca, localizada na ilha. "Para que a gente possa desenvolver um centro de piscicultura na região de Outeiro, pois já existem vários criadores de peixe lá, principalmente de tambaqui, mas precisam de apoio técnico e gerencial", conclui.