Saiba quais frutas ficaram mais caras e mais baratas nas feiras e supermercados de Belém
De janeiro a junho, o preço médio da laranja, por exemplo, subiu 74,16%. Já o abacate custa em média 30,37% menos. Os números são do Dieese-Pa
De janeiro a junho, o preço médio da laranja, por exemplo, subiu 74,16%. Já o abacate custa em média 30,37% menos. Os números são do Dieese-Pa
Pesquisa divulgada nesta terça-feira (12), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), aponta que, no mês de junho, 9 de 13 frutas comercializadas em feiras e supermercados da Grande Belém tiveram redução de preços, com destaque para a manga rosa e melão amarelo, que ficaram 8,34% e 4,28% mais baratos, respectivamente, na comparação com o mês de maio. Porém, no acumulado do ano (janeiro a junho), a maioria das frutas teve aumento de preços em percentuais acima da inflação calculada para o período em 5,61%, ainda de acordo com o Dieese/PA.
Para se ter uma dimensão, a laranja pera chegou a ficar 74,16% mais cara no primeiro semestre, com o quilo da fruta sendo comercializado, em média, a R$ 5,19 nas feiras e supermercados da capital. Essa foi a fruta que teve a maio alta de janeiro e junho, apesar da redução de 0,76% no preço no mês de junho, na comparação com maio.
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Suzana Sampaio, de 46 anos, trabalha há 9 anos com a venda de frutas na Feira da 25, em Belém, e aponta melão e pera como alguns dos produtos que ficaram mais caros. “A laranja deu uma baixada e está com o preço bem razoável. Ela já esteve em alta e no momento não está. O abacate deu uma aumentada nas duas últimas semanas. A laranja, a gente vendia de R$ 30 a R$ 35 a saca a baixou pra R$ 25. O abacate era R$ 10 e tá R$ 12. O melão eu vendia a R$ 10 o quilo, hoje estou vendendo de R$ 13”, detalhou.
Ainda de acordo com a feirante, uma das principais queixas dos clientes envolve o preço do mamão. “Antes eu vendia a R$ 6 ou R$ 8 e hoje eu vendo de R$ 10, mas tem gente que vende a R$ 12. O pessoal reclama muito. Tem cliente que vem aqui e quando vê o preço do mamão vai embora. Está assim, ele fica oscilando o preço, a gente não sabe o que realmente acontece”.
A doméstica Rosângela da Piedade, de 60 anos, ressalta que os alimentos, de maneira geral, aumentaram muito, mas ela sentiu, principalmente, nos preços do melão e melancia. “A gente compra muito (frutas), laranja, abacaxi, tudo a gente compra”, afirma. Porém, com a inflação, ela conta que precisou ajustar o consumo. “Antes a gente comia mais, verdura, fruta, hoje em dia a gente compra menos. O nosso dia a dia está cada vez mais caro”.
Fonte: Dieese/PA