MENU

BUSCA

Relatório aponta queda de 6,4% no consumo de energia elétrica no Pará

Presidente do Conselho de Consumidores da Equatorial Pará (Concepa), Vilson Schuber explica os possíveis motivos para a redução na conta de energia

Daleth Oliveira

O consumo médio de energia elétrica no Pará caiu 6,4% nos 13 primeiros dias de janeiro, em relação ao mesmo período do mês anterior, aponta relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A redução também foi observada no mês de dezembro em comparação com novembro, quando a média caiu 2.947,7 MWm para 2.898,5 MWm, uma queda de 1,6%.


Vilson Schuber, presidente do Conselho de Consumidores da Equatorial Pará (Concepa), explica as possíveis razões da diminuição do consumo de energia do paraense no período analisado. “Numa rápida observação, pontuamos nas férias escolares e final de ano as famílias aproveitaram para sair de casa, viajaram e foram às praias. Afinal, foi o primeiro final de ano após pandemia”, considera.

“Outro ponto a ser levado em consideração, é a elevação de conscientização do consumidor em relação ao consumo mais racional de energia. Portanto, os paraenses já estão economizando energia em suas casas. Sem falar que nos últimos meses foi patrocinada a troca dos eletrodomésticos para aqueles mais econômico”, pondera Schuber.

Adequação de rede pode ter influenciado na queda

Por último, cita a melhora da rede elétrica da fornecedora do Estado. “Outro fator que pode ter causado a queda no consumo foi a adequação de muitas redes na rede de distribuição da Equatorial no Estado. Isso impacta na potência de diversos eletrodomésticos que, quanto mais eficientes ficam com a energia, menos tempo precisam ficar ligados”, especula o titular da entidade.

Na casa da administradora Rita de Cássia a redução foi de R$ 50, o que ela atrela à viagem da família. “Eu senti diferença no boleto de janeiro, onde já caiu R$ 50. Acredito que isso seja porque havia menos pessoas em casa no período, pois viajamos por 20 dias. Só não caiu mais porque a casa não ficou sozinha, ainda teve consumo”, relata.

“No mês de dezembro não vi nenhuma diferença. Mas no geral, nós nos atentamos com o desperdício de energia, temos muito cuidado. Nossa conta de luz sempre foi muito alta, mas recentemente trocamos os eletrodomésticos que eram antigos e só ao trocar o ar condicionado a conta já reduziu em R$ 250”, conta Rita.

Sem mudança para supermercadistas

Já para o empresário do setor supermercadista Jorge Portugal, não houve diferença nos últimos meses. Ele explica que para pagar menos tem optado por outra modalidade de compra de energia.

“Devido ao nosso consumo ser um alto, nós não compramos energia da Equatorial, nós compramos no Mercado Livre, e então a conta fica mais barata. Dessa forma, a Equatorial apenas distribui para nós. O que também tenho visto, é que muitos empresários já começaram a migrar para a energia solar”, diz Portugal.

Entre os dias 1 e 13 de janeiro, o consumo foi de 2.745 MWm. Os setores que mais consumiram energia foram serviços (30%), comércio (16%) e têxteis (13%). No mesmo período, em dezembro, o gasto foi de 2.934 MWm, quando o setor de transportes representou 21% do total. Atrás veio telecomunicações (17%), saneamento (16%), e comércio (13%).

Economia