Redução no preço do gás de cozinha não é sentida por consumidores paraenses
Redução no preço do gás ainda não é sentida por consumidores paraenses
A Petrobrás anunciou a quarta redução consecutiva neste ano no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. Em anúncio realizado na última quarta-feira, 16, a estatal informou que o valor médio cobrado às distribuidoras passará de R$ 3,7842/kg para R$ 3,5842/kg a partir desta quinta, o que representa uma redução de 5,3%. A expectativa é que a diminuição reflita no preço cobrado ao consumidor final, no entanto, o produto tem se mantido em patamares elevados para os paraenses.
De acordo com a pesquisa de preços da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor do GLP ainda está caro no estado. O levantamento da semana passada, referente ao período de 6 a 12 de novembro, mostra que o preço médio no Pará estava em R$ 115,24 e em Belém custava R$ 113,98. Há cerca de um mês, após a Petrobrás ter anunciado outra redução no gás de cozinha, o valor cobrado não era muito diferente. Na época, durante a semana entre 9 e 15 de outubro, a ANP estimou o preço médio do botijão de 13kg em R$ 113,51 tanto no estado quanto na capital.
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Cenário nacional
Em todo o Brasil, a variação no preço do gás de cozinha também tem sido pequena, pois, ainda segundo a ANP, o valor passou de R$ 110,99 em outubro para R$ 110,42 na última semana de novembro. O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado do Pará (Sergap) explica que os repasses aos clientes são mínimos porque os reajustes também não são significativos para os comerciantes. “A redução é sempre minimamente repassada aos revendedores que, obviamente, não repassam integralmente ao consumidor”, esclarece o presidente do sindicato, Francinaldo Oliveira.
A entidade reclama ainda que a prática do mercado é distinta quando há aumentos, quando o produto é adquirido com reajustes integrais pelos revendedores. Para reverter esse cenário, Oliveira defende a existência de mecanismos que autorizem a compra direta do GLP da Petrobrás. “Dessa forma, aumentaria a competição na cadeia de distribuição, já que hoje mais de 90% do mercado está concentrado em apenas três grandes distribuidoras nacionais”, pontua.