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Em um ano, botijão de gás de cozinha ficou R$ 30 mais caro em Belém, preço médio é de R$ 115

Pesquisa do Dieese mostra que o preço do produto subiu de R$ 76,90 a R$ 105,86, na comparação entre outubro de 2020 e 2021. Mas, em novembro, ele já passa de R$ 110

O Liberal

Em um ano, o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13 quilos comercializado em pontos de venda de Belém saiu de R$ 76,90 (outubro de 2020) para R$ 105,86 (outubro de 2021), ou seja, passou a custar R$ 28,96 a mais para os belenenses. O reajuste no período chega a 38%. É o que revela a pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). Porém, neste mês de novembro, o preço médio na Região Metropolitana já está em R$ 115, segundo Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Pará (Sergap)

De acordo com a análise do Dieese/PA, no acumulado do ano (janeiro a outubro), o aumento foi de 32,14%. Esta alta, ainda segundo o Dieese, também se estendeu por todo o Estado do Pará. A entidade diz que em algumas regiões do Estado, a situação foi bem pior, pois o preço do botijão de 13 kg já chega a R$ 130.

“Esta situação é muito preocupante em função da importância do gás de cozinha para um grande número de famílias em todo o Estado e grande parte destas famílias estão desempregadas, tiveram queda de renda e infelizmente nem mesmo conseguiram o auxílio emergencial”, diz a análise do Dieese.

Marcos Guedes, de 33 anos, é proprietário há 3 anos de um restaurante que também presta serviço de entrega delivery de refeições para empresas. Ele conta que os constantes reajustes no preço do gás de cozinha têm impactado no orçamento do seu negócio, pois precisou reajustar, em média, 30% no valor das refeições, durante esse ano, o que acaba refletindo nas vendas. “Tivemos que repassar esses aumentos no valor da refeição e isso acaba sendo um problema, já que muitos dos clientes sentem a alta no valor das refeições e acabam buscando meios mais baratos pra poder se alimentar. Algumas empresas já estão fornecendo almoço aos seus colaboradores”, explica o empresário.

Conforme o levantamento do Dieese, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do botijão comercializado em postos de vendas apresentou a seguinte trajetória nos últimos 12 meses: em outubro de 2020, estava sendo comercializando por R$ 76,90, em média; encerrou o ano (dezembro) com preço médio de R$ 80,11. Em janeiro de 2021, o gás já estava sendo vendido por R$ 82,94; em setembro ficou em R$ 103,57 e no mês passado (outubro) foi comercializado em média a R$ 105,86.

Ainda, segundo análise do Dieese/PA, em relação ao orçamento do belenense, até o mês passado (outubro), quem recebe um salário mínimo, ou seja, R$ 1.100, teve um impacto de quase 10% por mês na compra do gás de cozinha.

Um levantamento feito pelo Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do Pará (Sergap), mostra que durante o mês de novembro desse ano, o gás de cozinha está sendo comercializado nas revendedoras, em média, a R$ 115.

(Por Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política)

 

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