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Preço da gasolina deve cair a partir desta quarta-feira

Valor de venda para refinarias terá queda de R$ 0,20, mas sindicato dos postos de combustíveis diz que repasse não será integral

Fabrício Queiroz

A Petrobrás anunciou uma redução no preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras. De acordo com a estatal, o valor do combustível vai cair R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro, o equivalente a uma queda de 4,92%, a partir desta quarta-feira (20). Ainda segundo a Petrobrás, a parcela da empresa no preço ao consumidor deve cair, em média, de R$ 2,96 para R$ 2,81 por litro. No Estado do Pará, atualmente, o valor da parcela na composição do preço da gasolina é de R$ 2,90.

O motivo da redução seria a trajetória dos preços do petróleo no mercado internacional, em que se observou a estabilidade da gasolina em patamar inferior. “É coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, afirmou a empresa em comunicado.

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Da mesma forma, o segurança Evandro Santos diz que percebeu quedas significativas na hora de abastecer, principalmente desde que houve a redução do ICMS no estado. “A queda foi geral, mas lógico a gente precisa pesquisar porque tem variações entre os postos. Assim como houve essa redução do imposto, eu espero que a gente sinta essa economia logo no bolso”, diz.

Já o eletrotécnico George Alex também considera positivo o anúncio de preços menores para a gasolina, porém ele teme que as reduções não perdurem por longo prazo. “Tudo que envolve redução é benéfico para o consumidor, mas a gente sabe que isso é uma bola de neve e pode subir tudo de uma vez depois”, analisa.

Pietro Gasparetto, advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Lojas de Conveniência do Estado do Pará (Sindicombustíveis-PA), ressalva que a redução anunciada pela Petrobrás diz respeito somente à gasolina pura que abastece as refinarias da própria estatal. Como, por previsão legal, há acréscimo de 27% de etanol sobre a gasolina, bem como existem refinarias privadas no país, além da influência da importação de combustíveis, Gasparetto explica que a redução nas bombas não deve ser integral.

“Não existe correlação obrigatória entre os preços da refinaria e o preço dos combustíveis nos postos. O combustível da refinaria é vendido para as distribuidoras, que adicionam os biocombustíveis e depois vendem aos postos. Os postos atuam no último elo da cadeia, comprando combustível das distribuidoras. Portanto, dependem do preço praticado por essas para formar seu preço de venda aos consumidores”, esclarece o advogado que, no entanto, espera que o anúncio reflita no aumento do volume de vendas no setor.

 

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