Pobreza e miséria extrema em alta
CRISE - Somente em 2017, crescimento da faixa abaixo da linha de pobreza foi de 21,7 mil
Em Belém, a parcela de habitantes abaixo da linha da pobreza saltou de 28,4% em 2016 para 29,8% em 2017. No total a capital paraense tinha 431,8 mil pessoas nessa faixa, o que representa um acréscimo de 21,7 mil habitantes nessa condição em relação ao ano anterior.
No ranking, das capitais a margem belenense só é superada pelas de Macapá (41,3%), Manaus (35,6%), Rio Branco (313,9%), São Luís (33,5%) e Maceió (31,9%). Já os dados o número de pessoas na faixa de extrema pobreza no Pará aumentou de 12,2% da população em 2016 para 12,8% em 2017, ao passar de 1.003.938 para 1.065.344 - um acréscimo de 61.406 pessoas.
Em Belém, foi verificado um aumento de 21.940 pessoas nesta situação nos últimos anos, saltando de 59.244 pessoas (4,1% da população) em 2016 para 81.144 (5,6%) em 2017.
INVESTIMENTO A pesquisa mostra que seria necessário um investimento adicional de cerca de R$ 730 milhões todo mês para tirar os paraenses dessa condição. Esse é o sexto maior investimento dentre todos os Estados, que teriam necessidade de R$ 10,2 bilhões por mês ou R$ 187 mensais por pessoa. A Bahia, em primeiro, receberia R$ 1,38 bilhão para erradicar a pobreza, seguido por São Paulo (R$ 1,07 bilhão), Ceará (R$ 809 milhões), Pernambuco (R$ 798 milhões) e Maranhão (R$ 794 milhões). Apenas em Belém, o adicional para tirar as quase 432 mil pessoas custaria 69 milhões mensais - sétimo maior investimento dentre as capitais.
A extrema pobreza no Pará
- Em um ano, a quantidade de pessoas com renda de até R$ 89 mensais cresceu 4,50%
- Em sete anos (junho de 2012 e junho de 2019), esse aumento foi de 15,46%
- Entre dezembro de 2018 e junho de 2019 foi de 1,90%
- Junho de 2012: 799.589 famílias
- Dezembro de 2018: 878.912 famílias
- Junho de 2019: 923.264 famílias – 3.045.302 pessoas
FONTE: CADASTRO ÚNICO PARA PROGRAMAS SOCIAIS/MINISTÉRIO DA CIDADANIA
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA