Petrobras foi a 4ª petroleira mais lucrativa em 2023, apesar da queda nos rendimentos
Empresa conquistou o 2º lugar entre as estatais com maior lucro, ficando atrás apenas da estatal saudita Saudi Aramco
A Petrobras alcançou um lugar de destaque entre as maiores petroleiras do mundo em 2023, alcançando a 4ª posição entre as empresas mais lucrativas, apesar de uma leve queda nos rendimentos em comparação ao ano anterior. Relatórios financeiros revelam que a petroleira brasileira reportou um lucro de US$ 24,9 bilhões, elevando-a na lista das corporações mais rentáveis do setor.
Dentre as estatais, a Petrobras conquistou a segunda posição, ficando atrás apenas da gigante saudita Saudi Aramco, que liderou o ranking global com um lucro de US$ 121,3 bilhões.
Apesar do panorama global de lucros, nove das dez maiores empresas petroleiras observaram uma redução em seus rendimentos consolidados de 2023 em comparação a 2022. A exceção foi a TotalEnergies, cuja lucratividade aumentou durante o período.
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Essa tendência de queda nos lucros é atribuída à significativa redução de 18% no preço do barril de petróleo durante o período, combinada com o aumento dos investimentos das empresas, especialmente na transição energética.
Embora tenha figurado como a quarta petroleira mais rentável, a Petrobras registrou o segundo menor faturamento entre as grandes do setor. Seu total de receitas em 2023 foi de US$ 102,4 bilhões, superando apenas a espanhola Repsol, com US$ 67,3 bilhões.
É importante ressaltar que a Petrobras manteve uma margem de lucro sobre a receita significativa, atingindo 24,3% em 2023, ficando atrás apenas da Saudi Aramco, que registrou 24,5% no mesmo período.
No entanto, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, anunciou planos de aumentar os investimentos nos próximos cinco anos, o que provavelmente resultará em uma redução na margem de lucro da empresa.
Para financiar esses investimentos, a Petrobras propôs a criação de uma reserva para reter dividendos extraordinários, uma medida que desagradou o governo. A reação do mercado foi imediata, com as ações da empresa sofrendo uma queda de R$ 55,3 bilhões em valor de mercado no dia seguinte ao anúncio de Prates.