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Pescado ficou até 33% mais caro em janeiro

Ainda no mês de janeiro, em comparação a dezembro, algumas espécies de peixes tiveram queda nos preços

Elisa Vaz/Redação Integrada

Em terceira alta consecutiva, o pescado consumido pelos belenenses ficou mais caro no mês de janeiro, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Secretaria Municipal de Economia (Secon). Os estudos, que foram feitos com 38 espécies de peixes, apontam que os aumentos vêm ocorrendo desde o final do ano passado e são decorrentes de problemas conjunturais que envolvem a comercialização do pescado em todo o Pará.

Entre os peixes que ficaram mais caros nos mercados da capital paraense, a arraia foi a espécie que teve maior elevação, de 33,43%, seguida da sarda (33,08%), cação (27,05%), camurim (27,04%), peixe pedra (24,84%), bagre (23,76%) e curimatã (21,03%). Também tiveram alta a pescada gó (16,93%), a dourada (14,92%), gurijuba (13,29%), pirapema (12,50%), xaréu (12,27%), mapará (11,48%), tainha (7,85%), pescada branca (7,35%), piramutaba (5,03%), filhote (4,32%) e pratiqueira (3,05%).

Ainda no mês de janeiro, em comparação a dezembro, algumas espécies de peixes tiveram queda nos preços, entre elas o tambaqui (10,79%), tamuatã (9,24%), uritinga (4,30%), corvina (3,01%) e surubim (2,29%).

Quando a comparação é feita entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019, os preços dos peixes ficaram mais baixos, de acordo com o balanço. As maiores quedas notadas foram nos pescados pirapema (28,95%), seguida do camurim (20,77%), peixe serra (13,79%), tainha (12,98%), pescada amarela (7,17%), tucunaré (6,87%), xaréu (6,76%), gurijuba (6,33%), corvina (4,67%), pratiqueira (4,44%), uritinga (4,30%), pescada branca (3,95%), arraia (3,37%) e tambaqui (1,90%).

Já as espécies que ficaram mais caras foram o cação, com reajuste de 16,11%, seguido da curimatã (14,78%), surubim (8,78%), bagre (4,93%), pescada gó (4,71%), peixe pedra (4,35%) e do filhote (3,58%). Segundo o supervisor técnico do Dieese, o economista Roberto Sena, a tendência, agora, é que os valores continuem altos nos próximos meses.

"Até a semana santa, o preço do pescado não ficará melhor para os consumidores de todo o Estado. Na nossa avaliação, mesmo com alguns avanços, o Pará ainda carece de políticas mais amplas, que consigam abranger toda a cadeia do pescado, desde a produção até a comercialização do produto. Os aumentos que aconteceram no final do ano passado e no início deste ano já eram esperados", afirmou.

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