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Perto da Semana Santa, pescado fica 3% mais barato em Belém

Maiores quedas em março foram nas espécies cachorro de padre, pescada gó e piramutaba

Redação Integrada

Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Secretaria Municipal de Economia (Secon), ligada à Prefeitura de Belém, mostrou que o pescado comercializado nos mercados e feiras da capital paraense ficou 3,03% mais barato no mês de março, em comparação com fevereiro.

Entre as espécies que tiveram maior retração estão cachorro de padre (-14,95%), pescada gó (-10,41%), piramutaba (-9,43%), corvina (-8,09%), arraia (-7,56%), mapará (-7,33%), serra (-6,92%), curimatã (-5,31%), xaréu (-5,19%), pescada branca (-5,18%), gurijuba (-5,10%), dourada (-3,72%), sarda (-3,44%), piramutaba (-3,31%), peixe pedra (-3,13%), cação (-3,10%), pacu (-2,99%), uritinga (-2,75%), tambaqui ( -1,97%), tucunaré (-1,94%), pirapema (-1,89%), tainha (-1,70%) e filhote (-1,29%). Ficaram mais caras apenas as espécies camurim (7,71%), aracu (7,10%), tamuata (5,96%), bagre (3,14%) e surubim (2,18%).

Segundo o titular da Secon, secretário Rosivaldo Batista, “a diminuição no movimento nas feiras e mercados municipais, devido ao cuidado das pessoas em evitar aglomerações por conta do novo coronavírus, foi uma das causas para haver mais oferta que a procura pelo produto, ocasionando, assim, a queda de preço”. Ele recomendou que o consumidor comece a comprar o pescado desde já, para não haver aglomerações nos mercados municipais às vésperas do feriado. “Esta é mais uma medida preventiva e que contribui para a circulação de dinheiro nesse período delicado”, destacou o secretário de economia.

Pelo balanço do Dieese, houve recuo de 0,02% nos preços do primeiro trimestre do ano, com destaque para o cachorro de padre (-27,48%), camurim (-13,11%), tamuatá (-11,08%), mapará (-9,49%), dourada (-9,07%), pratiqueira (-5,72%), cangata (-5,22%), arraia (-3,93%), tambaqui (-3,72%), pescada gó (-3,05%;), serra (-1,64%) e o bagre (-1,04%).

Tiveram alta o surubim (14,99%), seguido do aracu (10,80%), tucunaré (8,66%), xaréu (8,33%), uritinga (7,66%), pirapema (7,14%), piramutaba (6,80%), filhote (6,33%), pacu (5,22%), peixe pedra (4,86%), sarda (4,81%), pescada branca (2,67%), pescada amarela (2,46%), curimatã (1,94%) e gurijuba (1,58%).

Nos últimos 12 meses, a maioria das espécies teve queda de preço, em uma média de -6%, com destaque para o cachorro de padre (-27,79%), seguido da dourada (-16,62%), camurim (-16,57%) tamuatá (-13,78%), corvina (-12%), pescada gó (-11,19%), filhote (-11,15%), cação (-10,58%), pescada amarela (-9,67%), bagre (-9,24%), gurijuba (-9,13%), cangata (-8,87%), curimatã (-8,51%), serra (-7,09%), surubim (-6,29%), tambaqui (-5,55%), pratiqueira (-5,31%), sarda (-5,16%), pescada branca (-4,53%), aracu (-4,51%), pacu (-4,02%), mapará (-3,41%), tainha (-3,20%), piramutaba (-2,95%) e uritinga (-1,44%).

Para garantir o abastecimento do pescado na capital durante a Semana Santa e evitar altas no preço, foi baixado o Decreto Municipal 95.574/2020, que dispõe sobre o controle da circulação intermunicipal do pescado no município de Belém entre os dias 31 de março a 9 de abril. Pelo decreto, o cadastramento dos interessados em realizar o transporte do peixe que chega aos portos de Belém, principalmente ao mercado Ver-o-Peso, para outras localidades, deverá ser feito junto à Secon, que emitirá aos compradores a Guia de Transporte de Pescado (GTP).

Na avaliação do supervisor técnico do Dieese, economista Roberto Sena, as medidas decretadas têm dado certo. “O poder público municipal sempre tem articulado previamente com os trabalhadores que atuam nesse segmento, como os balanceiros da Pedra do Peixe e os peixeiros dos mercados municipais, em busca de garantir o abastecimento do pescado a preços equilibrados”, destacou Sena.

Economia