Pequenos negócios geram 81,4% dos empregos do Pará em 2021

Micro e Pequenas Empresas criam cinco novos postos de trabalho no Estado a cada um gerado pelas médio e grandes empresas.

THIAGO VILARINS - SUCURSAL DE BRASÍLIA (DF)

Entre janeiro e maio deste ano,  as Micro e Pequenas Empresas (MPE) criaram 21.462 novos postos de trabalho com carteira assinada no Estado do Pará. Esse número representa 81,40% de todos os empregos gerados neste período (26.365). Por outro lado, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis por 4.641 ocupações formais. As MPE criaram cerca de cinco novos postos de trabalho a cada um gerado pelas MGE, conforme levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última semana pelo Ministério da Economia.

Considerando apenas o último mês pesquisado, as micro e pequenas empresas paraenses geraram 5.383 novas vagas formais. O total corresponde a 61,98% dos 8.698 novos postos criados no Estado em maio. A performance alcançada em maio é a segunda melhor de 2021, perdendo apenas para fevereiro – quando as micro e pequenas empresas do Estado geraram mais de 5.564 postos de trabalho. Na comparação com o mês de abril, foi anotado um aumento de 74,15% - foram 3.091 empregos celetistas. Em relação as MGE, maio anotou o melhor saldo, ainda assim foi quase metade do desempenho dos pequenos negócios paraenses: 3.101.

Em um paralelo com 2020, o aumento no cenário da geração de novos empregos nos pequenos negócios é ainda mais expressivo. Em maio do ano passado, o segmento fechou o mês com saldo negativo de 3.050 vagas. Se somados os primeiros cinco meses de 2020, foram 4.989 vagas perdidas.

No Norte, o Pará ficou em primeiro lugar, em números absolutos, tanto no levantamento mensal quanto anual. Em toda a região, foram gerados 12.318 postos de trabalho pelas MPE em maio, enquanto no ano o saldo foi de 44.615. No cenário nacional, o Pará foi décima unidade da Federação que mais criou vagas no mês e a 12ª nos cinco meses iniciais de 2021.

Já em uma análise comparativa, levando em consideração a proporção do número de habitantes, o Pará assume a vice-liderança, com um saldo de 15,5 empregos a cada mil habitantes. Em primeiro aparece o Amazonas, com 19,8. Em todo o País, as MPE geraram 182 mil novos postos de trabalho em maio deste ano, o que representa um acréscimo de 115% na comparação com abril. O levantamento nacional aponta que o número é 2,5 vezes maior que o registrado pelas médias e grandes empresas, que criaram 70,9 mil novas vagas.

"Mesmo com os fortes impactos na queda de faturamento dos pequenos negócios, causado pela pandemia do coronavírus, esse segmento tem sido o responsável pela sustentação do nível de emprego. Prova de que devem ser mantidas políticas públicas de incentivo para os pequenos negócios, que são o motor da nossa economia e o caminho para a sua recuperação", afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles, acrescentado que esse é o 5º mês consecutivo que as micro e pequenas empresas apresentam um resultado positivo nas contratações no Pará e o 11º no Brasil.

Serviços e comércio

Entre os setores que mais geraram empregos entre as MPE paraenses destacam-se o de serviços e comércio. O primeiro setor foi responsável pelo saldo de 8.763 vagas celetistas no ano, sendo 1.683 delas em maio. Já o comércio gerou 1.619 empregos no último mês de maio e totalizou 6.902 entre janeiro e maio. De acordo com o Sebrae, as expectativas são de melhoras para os próximos meses, vez que muitos pequenos empresários estão acelerando o ritmo de contratações. A pesquisa ainda aponta saldos expressivos nas MPE dos setores da construção (8.63 no ano e 1.381 no mês); e da indústria de transformação (1.126 e 377, respectivamente).

Mesmo com a melhora nos números relacionados ao emprego, ainda é cedo para esperar que a tendência apresentada nos últimos meses se torne uma realidade para os próximos. Esta é a opinião do economista do Ibmec Felipe Leroy. Ele diz que os impactos da pandemia precisam ser controlados para que a normalidade se tornar um cenário viável nos próximos meses. "É claro que o panorama é muito melhor do que quando analisávamos no início do ano, e isso é fruto do impacto da vacinação. Há projeções de crescimento do PIB, mas ainda é cedo para cravarmos que estamos saindo da crise e que retomamos o panorama pré-pandemia", enfatiza o economista.

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