MENU

BUSCA

Paraense sentirá alta do dólar de maneira tímida, diz especialista

Moeda americana vem tendo recordes de aumento desde o final de 2019, com o surgimento dos casos de coronavírus no mundo

Roberta Paraense

Com a pandemia mundial da covid-19, a moeda americana bateu um novo recorde na ultima quarta-feira (1°), alcançando o fechamento nominal (sem considerar a inflação) de R$ 5,2624, uma alta de 1,28%. Na máxima, ele chegou a R$ 5,2750. Em 2020, a moeda norte-americana já acumula alta de 31,24%. Segundo os especialistas, esse aumento pode impactar diretamente no bolso do brasileiro, sobretudo nos produtos importados. Os itens derivados do petróleo e do trigo serão os mais impactados com valor do dólar. 

O economista Henrique Mascarenhas lembra que o mercado financeiro já estava com um clima negativo desde o ano passado, diante aos impactos causados pelo novo coronavirus. “O dólar vem elevado o patamar desde o final de 2019. Isso impacta nas exportações de produtos, como o trigo e o petróleo, e, consequentemente, no preço da gasolina”, explica. Contudo, o especialista acredita que com a baixa no preço dos combustíveis, anunciada pela Petrobrás no último dia 18, o consumidor final no Brasil, não sentirá tanto os efeitos do aumento da moeda americana em um curto prazo de tempo. “Esse aumento vai afetar, mas agora, no momento, ainda será pouco. Vamos sentir mais nos produtos importados e nos derivados do trigo”, afirma. 

De acordo com o economista, dependendo de quanto o dólar subir daqui para frente, esse aumento de preços poderá se tornar generalizado, assim, aumentando a inflação local, afetando, sobretudo, os produtos internacionais, importados e assim, acaba também contaminando itens que, teoricamente, não precisariam estar com seus valores baseados na moeda americana.

Economia