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Pará precisa qualificar 162 mil trabalhadores da indústria até 2025

Pesquisa aponta necessidade de capacitação de mão de obra em diferentes níveis

Elisa Vaz e Fabrício Queiroz

O aperfeiçoamento e a requalificação são investimentos cada vez mais necessários para que os profissionais fiquem atualizados, especialmente por conta das transformações pelas quais passa o mercado de trabalho. Uma projeção do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, mostra que, até 2025, o Pará precisará qualificar 162,6 mil pessoas em ocupações industriais, que requerem conhecimentos relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia. Deste total, 36,9 mil são em formação inicial, para repor inativos e preencher novas vagas; e 125,7 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar.

Por nível, a demanda será de 127,6 mil para qualificação, que responde por 74% do emprego industrial no Brasil hoje. O aperfeiçoamento será mais necessário que a formação inicial neste caso, com destaque para as ocupações de alimentadores de linhas de produção, motoristas de veículos de cargas em geral, ajudantes de obras civis, magarefes e afins, trabalhadores na operação de máquinas de terraplenagem e fundações, mecânicos de manutenção de máquinas industriais, eletricistas de manutenção eletroeletrônica e outros.

Além disso, deve haver demanda para 25,7 mil em formação técnica e mais 9,2 mil na superior, ambas com maior necessidade de aperfeiçoamento que formação inicial. No primeiro nível, os destaques são as ocupações de técnicos de planejamento e controle de produção, de controle de produção, em segurança do trabalho e em eletrônica, fora os supervisores da construção civil. Já no segundo nível, para analistas de tecnologia da informação; gerentes de produção e operações; engenheiros civis; gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins; além de gerentes de comercialização, marketing e comunicação.

No Pará, as maiores demandas por formação inicial e continuada dos profissionais foi detectada nas áreas da construção; transversais, que são aquelas que permitem atuar em diferentes ramos; metalomecânica; logística e transporte e alimentos e bebidas.

Ainda de acordo com estudo, em todo o Brasil, 9,6 milhões de trabalhadores precisarão ser qualificados. Os dados levam em consideração as demandas futuras por mão de obra a fim de orientar a formação profissional de base industrial no país. A razão para essa demanda maior por profissionais qualificados estaria relacionada ao uso maior de novas tecnologias e às mudanças nas cadeias produtivas da indústria.

De acordo com Dário Lemos, diretor Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Pará), o estado tem destaque no atendimento das demandas do setor produtivo local, alcançando o 1º lugar entre os departamentos regionais na Pesquisa de Satisfação de Clientes do Sistema Indústria. “O SENAI sempre se adiantou às demandas da indústria e, por isso, estamos preparados para atender os que desejam se qualificar, com tecnologia e inovação, para este novo cenário de oportunidades apontados pelo Mapa do Trabalho”, destaca. A expectativa da instituição é que cerca de 70 mil vagas para iniciação e qualificação profissional, aperfeiçoamento, aprendizagem industrial e habilitação técnica sejam ofertadas em todo o ano de 2022.

Economia