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Pará não registra bloqueios de movimento grevista de caminhoneiros

Ocorreu apenas uma paralisação em protesto contra o preço do frete de uma indústria de cimentos, afirma sindicato

Abílio Dantas / O Liberal

Os caminhoneiros do Pará não fizeram greve nesta segunda-feira (1), contrariando a expectativa de que a categoria realizaria grande paralisação em todo o país contra o preço dos combustíveis. O Conselho Nacional de Transporte de Cargas (CNTRC) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) afirmaram na última semana que 59% dos caminhoneiros do Brasil iriam aderir à paralisação, o que não ocorreu. No Pará, foi registrada apenas uma paralisação dos trabalhadores de uma indústria do setor de cimentos, que protestaram em razão do preço do frete.

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O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam Pará), Eurico Tadeu Santos, informou que os motoristas da empresa de cimento realizaram assembleia durante o dia e anunciaram que não haverá movimento de cargas da indústria até que “seja resolvido o problema do frete, que está muito defasado”. “Passamos o dia parados nessa empresa, e vamos aguardar que alguém da direção da empresa venha falar conosco. Tirando isso, não houve paralisação no Pará”, garantiu.

“Até agora também não tivemos nenhuma notícia de paralisação”, declarou às 16h o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Transporte de Cargas do Pará (Sintracarpa), Edilberto Ventania. De acordo com ele, a direção do sindicato estadual aguardou posição das lideranças nacionais, até o meio da tarde nenhuma diretriz foi comunicada.

Ao contrário do que fora anunciado pelas entidades CNTRC e CNTTL, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos (CNTA) afirmou no domingo que não identificou adesão de seus sindicatos e federações para paralisação e que, “neste momento, isso impactaria negativamente na vida do caminhoneiro autônomo. “O Sindtanque de Minas Gerais emitiu nota informando que também não irá aderir ao manifesto”, disse a Confederação na ocasião.

Como forma de impedir a greve, o governo federal, de acordo com um grupo de seguro de cargas, conseguiu liminares judiciais para evitar o bloqueio de rodovias por caminhoneiros em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no Porto de Santos. Ao todo, foram 24 decisões favoráveis à União em 17 estados brasileiros.

Ao longo do dia, segundo o Ministério da Infraestrutura, houve greve, mas não bloqueios nas rodovias brasileiras. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), ainda de acordo com o ministério, precisou escoltar cerca de 25 caminhões que chegavam ao porto de Santos, durante a madrugada, porque manifestantes na via de acesso ao local estavam tentando atirar pedras nos veículos. O grupo estava em um protesto dispersado horas antes pela Polícia Militar. Além de São Paulo, no estado do Espírito Santo também houve tentativa de bloqueio, e também sem sucesso.

Estão entre as reivindicações nacionais dos caminhoneiros a redução do preço do diesel, o cumprimento do piso mínimo do frete e a volta da aposentadoria especial para a categoria.

Economia