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Pará lidera voos no Norte, com mais de 30% das partidas nesta alta temporada

Projeção é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)

Valéria Nascimento
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A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) aponta um cenário de retomada nas operações aéreas no mercado brasileiro. De dezembro a março de 2023, período considerado de alta temporada na malha aérea doméstica, a entidade projeta um crescimento de 12,6%, se comparado com o mesmo período de 2021.

A Abear aponta que, juntas, Gol, Latam, Abaeté, Voepass e Rima terão 163,3 mil voos, até o primeiro trimestre de 2023. O levantamento da Abear tem por base dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e foi divulgado no último dia 25 de novembro.

No Norte do país estão previstos o total de 6,8 mil voos, no período citado. Desse total de 6,8 mil voos, o Pará concentra 2.358 partidas, o que representa mais de 30% do mercado. Atrás do Pará, vêm o Amazonas (1.811), Tocantins (831), Rondônia (557), Acre (561), Amapá (506) e Roraima (243).

De acordo com a Infraero, empresa pública federal vinculada ao Ministério da Infraestrutura, o movimento nos 19 aeroportos administrados pela Infraero deve aumentar 45% durante as festas de fim de ano. A previsão é de que mais de 2,5 milhões de passageiros viagem entre o próximo 16 deste mês e 2 de janeiro de 2023.

O número de 2,5 milhões de passageiros calculados pela Infraero é 45% maior em relação ao movimento do ano passado, quando 1,7 milhão de pessoas embarcaram e desembarcaram nos terminais da empresa, entre os dias 17 de dezembro de 2021 e 3 de janeiro de 2022.

Conforme a Infraero, a projeção para as festas de fim de ano foi elaborada a partir das programações informadas pelas empresas aéreas. Estão previstos também 18,7 mil pousos e decolagens no período, 38% superior em relação aos 13,5 mil voos realizados no período do ano passado.

O maior movimento deve ocorrer entre os dias 19 e 21 de dezembro e 2 de janeiro. No entanto, no país afora, há pessoas prontas para encarar a malha aérea para encontrar familiares e amigos.

Na noite da última sexta-feira (2), dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo (Brasil 0 x 1 Camarão), o Aeroporto Internacional de Val-de-Cans estava vazio, por volta das 19h. Praticamente não havia funcionários nos guichês das empresas nem filas para embarque e desembarque, no entanto, um trio familiar chamava a atenção no salão esvaziado do aeroporto.

Santarém, no Pará, e Televive, em Israel

"Vamos para Santarém, temos família lá. Esta é a terceira viagem que faremos para lá, terra de peixes bons, só este ano”, disse o professor aposentado da rede estadual, Antônio Amaral, de 76 anos, ao lado da esposa Iolanda Amaral, 74 anos, e do neto do casal, Enzo Gabriel, de 8 anos.

O voo da família Amaral para a ‘Pérola do Tapajós’, como Santarém é conhecida carinhosamente, era exatamente à meia-noite e dez minutos, já do sábado (3), mas o professor Amaral, a esposa e o neto não pareciam se importar com a longa espera.

"Nós somos do interior, saímos de Moju às 11h, e chegamos a Belém por volta de 14h30, tem os atropelos de chuva, trânsito, então melhor não arriscar”, disse com tranquilidade, entre as malas da família, Iolanda Amaral. Ela contou que eles almoçaram num restaurante perto da avenida Presidente Vargas no centro e assistiram a derrota do Brasil para a seleção de Camarões, no aeroporto. “Estamos esperando, está tudo bem”, concluiu Iolanda.

Voo perdido

Ao contrário da família Amaral, a família da advogada Susana Dias da Silva perdeu o voo internacional para Telavive, cidade de Israel, na sexta-feira, por ter chegado atrasada no Aeroporto de Val-de-Cans, por um suposto mal-entendido no envio de emails entre a empresa e a cliente, que estava acompanhada da filha Débora Amaral e da neta, Maria Eduarda..

"Não sabem a procedência do e-mail que nos informa a partida às 18h05. Quando chegamos aqui fomos informadas que o voo era às 17h05. Mostramos o email e nos disseram que não sabiam quem nos enviou, que não era deles, porque não tem voo neste horário", contou Susana.

A advogada informou que havia telefonado para a empresa Azul, também, para a empresa TAP, essa em Portugal, e falado com a Anac. "A Anac nos forneceu um protocolo nos orientando sobre formalizar a reclamação. Não vejo minha filha há três anos'', disse ela sobre a filha que mora em Telavive

“Esperamos a pandemia passar, esperamos as coisas se acalmarem e agora quando tínhamos tudo certo, as passagens pagas, perder o voo por um email que eles não reconhecem, esse desgaste emocional ninguém paga. Já me disseram que a gente ganha um processo, mas nós não queríamos um processo agora. Nós queríamos viajar”, enfatizou Débora Leal, que também é advogada.

Situações particulares à parte, as famílias Amaral e Silva Leal são exemplos concretos do maior movimento no Aeroporto Internacional de Belém, tanto para voos domésticos quanto para o exterior.

A Infraero informa que reforçou as medidas de segurança e nas operações para maior rapidez nos atendimentos. A empresa também recomenda que os passageiros cheguem ao aeroporto com antecedência mínima de 1h30 para voos domésticos e 3h para voos internacionais.

“As três passagens saíram por R$ 2.900, e eu considero modalidade aérea a mais razoável se comparada com ônibus e até navio no caso para Santarém, pois via terrestre ida e volta está por R$ 500,00, e dura dois dias e meio, e a gente vai gastando, em alimentação, por exemplo", contou o professor aposentado, Antônio Amaral.

Ele informou que de navio, a passagem individual no camarote custa R$ 800,00. "Os R$ 2.900,00, de avião, sai em média por R$ 600 e pouco, cada passagem, e é uma viagem segura, rápida, confortável. Não se corre risco de assalto, o risco que tem é dele cair e a gente morrer e acabou tudo”, disse o professor Antônio Amaral sorrindo. “Ninguém foge da realidade”, frisou ele, achando graça.

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