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Região Metropolitana de Belém deve abrir 4 mil vagas temporárias no final do ano, aponta Dieese

Estas contratações deverão envolver vários setores da economia como a indústria, serviços e, principalmente, o comércio.

O Liberal

Em condições normais, o Círio injeta, nesta época do ano, cerca de R$ 1 bilhão na economia estadual, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (DIEESE/PA). Porém, ainda segundo a entidade, a expectativa dos vários setores econômicos no Pará sobre o desempenho da economia para o final do ano, em especial do comércio, é de que as vendas comecem a aquecer mais a partir da entrada da primeira parcela do 13º salário em todo o Estado que, por lei, deverá ser paga no máximo até o dia 30 de novembro - a primeira e segunda parcela do 13º salário/2021 dos aposentados já foram totalmente antecipadas, como também, a antecipação de parte da gratificação natalina dos servidores estaduais. O período maior de vendas faz crescer, também, as oportunidades no mercado de trabalho e a estimativa é que até quatro mil vagas de contratações temporárias sejam abertas no final do ano.  

A esperança, segundo Dieese/Pa, é que com uma quantidade extra de recursos oriundos do 13º salário, o final do ano possa apresentar mais equilíbrio na movimentação dos setores econômicos, principalmente, o setor do comércio e com isso proporcionar maior aumento nas vendas e um freio maior no desemprego, aumentando as perspectivas de novas contratações para o período.

Atualmente, no Pará, quase metade da força de trabalho ocupada, ganha até um salário mínimo de remuneração máxima mensal (aproximadamente 1,7 milhão de pessoas), o número de desempregados gira em torno de 500 mil pessoas e a informalidade alcança cerca de 1,1 milhão de pessoas no chamado trabalho por conta própria.

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Mesmo com os problemas oriundos da situação econômica nacional e internacional, motivada, principalmente, pela pandemia e seus reflexos, a entidade avalia que com o avanço da vacinação e o afrouxamento das restrições sanitárias, mostram que a economia começa a dar sinais de melhora e o retorno de algumas atividades tem possibilitado a geração de empregos formais no Pará e em todo o Brasil.

Temporários

Nesse cenário, estima-se que as contratações temporárias neste final de ano deverão alcançar cerca de 4 mil pessoas só na Região Metropolitana de Belém, a grande maioria na capital. Estas contratações deverão envolver vários setores da economia como a indústria, serviços e, principalmente, o comércio, incluindo o setor supermercadista e os shoppings centers.

No caso especifico do setor do comércio, uma parte considerável destas contratações deverá ocorrer com as novas modalidades de contratação como o Trabalho Intermitente (é a modalidade onde é formalizada a prestação de serviço não continuada, com alternância de períodos de atividade e inatividade. Esse tipo de contratação estabelece vínculo de subordinação e o profissional tem os demais direitos garantidos, com exceção do seguro-desemprego) e parcial (é a modalidade onde a  CLT considera o trabalho em regime de tempo parcial, onde a duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais) .

O Dieese/Pa afirma, com base nas informações repassadas pelo setor empresarial, que neste ano o perfil das contratações poderá alcançar, em alguns casos, o período de até três meses (outubro, novembro e dezembro). Comparando com outros anos, de acordo com a entidade, no início dos anos 2000, o número de contratações temporárias de final de ano chegou a cerca de 3.200 trabalhadores; em 2014 ficou em 8.000 mil contratações e em 2020, foram cerca de 4.000 ocorridas na Região Metropolitana de Belém.

(Por Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)

 

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