Núcleo promove seminário para empoderar mulheres empreendedoras
Evento aberto ao público ocorre em Belém, no auditório das Promotorias de Justiça de Infância e Juventude
O Núcleo Mulher da Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Ministério Público do Pará (MPPA) e o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Profissional (CEAF) promovem de 8h às 16h desta quinta-feira, 7, o "Seminário Empoderamento Empreendedor". Aberto ao público, o evento ocorre no auditório das Promotorias de Justiça de Infância e Juventude, que fica rua Ângelo Custódio, nº 83, Cidade Velha, entre Joaquim Távora e Rua João Diogo.
Em Belém, 24% das mulheres agredidas por seus parceiros não possuem renda e 28% ganham até um salário mínimo. Mais de 50% das belenenses que sofreram com a violência doméstica possuem filhos com o agressor e dependem financeiramente do cônjuge para manter a criança. Os dados são do relatório de estatísticas do ano de 2018 sobre a lei Maria da Penha, elaborado pelo MPPA.
Durante o seminário, palestrantes falarão sobre o ciclo da violência e como quebrá-lo através da independência financeira. Além disso, será discutido também o conceito de empoderamento feminino e conscientização sobre os direitos civis e sociais da mulher.
Participarão do evento como palestrantes os promotores de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Franklin Prado e Sandro Garcia, a reitora da Universidade da Amazônia (Unama), Betânia Fidalgo, os professores Jean Carlos Dias e Vicente de Paula Noronha, entre outros convidados.
Os membros dos Projetos CosturaÊ e Minerna da Enactus, ambos da Universidade Federal do Pará (UFPA), trarão para o evento práticas de inserção no mercado de trabalho para mulheres vítimas de vulnerabilidade socioeconômica. Além das palestras, instituições acadêmicas e a uma empresa de cosméticos oferecerão serviços de saúde e beleza.
Em todo o país, de acordo com o Sebrae, as empreendedoras iniciais brasileiras atuam principalmente em quatro atividades econômicas: serviços de alimentação, serviços domésticos, comércio varejista de roupas e como cabeleireiras. Existe ainda um grande caminho para maior participação de mulheres em empresas ligadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática, por exemplo.