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Maniva está mais cara nas feiras e supermercados de Belém

Variação no valor da maniva alcança até 30%, segundo estudo do Dieese-PA

Fabrício Queiroz

O principal ingrediente para a produção da tradicional maniçoba está 15% mais caro este ano. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), a maniva comprada tanto na sua forma crua quanto pré-cozida teve uma alta generalizada nas feiras livres e supermercados da capital em índices superiores à inflação dos últimos 12 meses, que foi estimada em 9%.

Na pesquisa realizada pelo Dieese-PA em dez feiras livres da Grande Belém, o quilo da maniva crua foi encontrado em valores entre R$ 3 e R$ 5. No entanto, a oferta da folha moída da mandioca é cada vez mais restrita, sendo encontrada principalmente no Mercado do Ver-o-Peso. Isso porque nas últimas décadas se popularizou o uso da maniva pré-cozida que agrega praticidade e rapidez à preparação.

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Apesar dos benefícios, os paraenses devem estar preparados para pagar mais caro pelo insumo neste ano. O quilo da maniva pré-cozida está custando entre R$ 4 e R$ 10, dependendo do local de compra. Da mesma forma, o estudo notou uma variação nos preços da maniva pré-cozida comercializada nas redes supermercadistas. Nesses estabelecimentos, os preços oscilam de R$ 3,49 a R$ 7,58.

No comparativo entre as feiras livres e supermercados, a variação nos valores pode chegar a 30%. Porém, em ambos os casos, a alta acumulada está na faixa de 15%. Com isso, a tendência é que a maniçoba do almoço do Círio deste ano pese mais no bolso do consumidor, já que além da maniva, a inflação afetou também outros ingredientes necessários para o prato, como o porco. Atualmente, o prato pronto é comercializado por cerca de R$ 20 na cidade.

O Pará ocupa a liderança nacional da produção de mandioca com cerca de 4 milhões de toneladas por ano. Entre os principais municípios produtores estão Santo Antônio do Tauá, Tracuateua, Acará, Moju, Benevides, Santa Izabel, Castanhal, além da região das ilhas de Belém.

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