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Mais de 1 milhão de mulheres comandam lares sozinhas no Pará, segundo Dieese

Estudo mostra avanço da presença feminina na chefia de domicílios e destaca os desafios enfrentados por mães que assumem sozinhas a responsabilidade pelo sustento e cuidado da família.

Gabi Gutierrez

De acordo com um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1,4 milhão de mulheres no Pará exercem a dupla jornada — muitas vezes sozinhas —, encarando os papéis de mãe e pai na criação e sustento dos filhos. A pesquisa também aponta que mais da metade dos lares das famílias nortistas são chefiadas por mulheres.

O levantamento aponta que, no quarto trimestre de 2024, o Brasil contava com cerca de 80 milhões de domicílios, sendo 51,66% chefiados por mulheres. A realidade também se repete na Região Norte, onde 50,03% dos 6,2 milhões de lares têm liderança feminina. No Pará, os números revelam um cenário um pouco diferente: 48,91% dos 2,8 milhões de domicílios são chefiados por mulheres — o que corresponde a cerca de 1,389 milhão de lares.

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Ainda na análise regional, embora o Pará concentre o maior número absoluto de mulheres na chefia de domicílios, é o Amapá que apresenta a maior proporção: 53,99% dos lares do estado são liderados por mulheres, seguido pelo Acre (51,79%) e pelo Amazonas (51,30%).

Os dados também revelam uma tendência de crescimento na presença feminina no comando das famílias. Em relação ao mesmo período de 2023, o número de lares chefiados por mulheres aumentou 2,21% no Brasil, 4,91% na Região Norte e expressivos 8,69% no Pará.

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