MENU

BUSCA

Auxílio Brasil: Lula pede a Pacheco que auxílio fique fora do teto de gastos durante quatro anos

Presidente do Senado ponderou que Congresso é a favor do teto. Em conversa reservada, presidente do Senado sinalizou que os senadores aprovariam a retirada do benefício do teto em 2023

O Liberal

Em reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a manutenção do Auxílio Brasil fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos. Lula e Pacheco se reuniram na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27), no Egito, nesta terça-feira (15/11). Na reunião a portas fechadas, o presidente do Senado reforçou que o teto de gastos foi uma "conquista para o país", mas disse que o Congresso Nacional é sensível às necessidades dos mais pobres, por isso tenderia a flexibilizar a regra que proíbe o aumento de despesas públicas acima da inflação.

Antes do encontro com o presidente eleito, Pacheco havia defendido a ideia de fazer um programa social fora do teto de gastos, mas com "bastante equilíbrio" e investimento em outros setores, como a merenda escolar, recomposição do Farmácia Popular e investimento em ciência e tecnologia.

VEJA MAIS

Auxílio Caminhoneiro: benefício será renovado em 2023?
O pagamento está previsto para terminar em dezembro de 2022; renovação depende de aprovação no Congresso

.

Senado aprova crédito para ‘completar’ o auxílio de R$ 600 até dezembro
O valor será de R$ 27 bilhões. O recurso será organizado via Ministério da Cidadania como uma complementação no auxílio que atende mais de 21 milhões de famílias

A chamada PEC da Transição está sendo discutida pela equipe do governo eleito e o relator-geral do Orçamento, o senador Marcelo Castro (MDB-PI). A expectativa é de que o texto da proposta seja apresentado nesta quarta-feira (16/11). Também para hoje, está prevista uma reunião do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), com Castro.

Lula prometeu a manutenção do auxílio em R$ 600, que não está previsto no Orçamento, o que daria R$ 105 bilhões e mais um acréscimo de R$ 150 por criança até 6 anos, o que totalizaria mais R$ 18 bilhões. Marcelo Castro chegou a anunciar, na semana passada, que o benefício seria retirado pernamentemente do teto, no entanto a questão ainda não está decidida.

"Temos dois caminhos: um que excepcionaliza o Auxílio Brasil (do teto de gastos), ao mesmo tempo que se trabalha por uma fixação até 2026. Sobre isso, tratamos com Lula, e ele nos orientou que, sob o comando de Alckmin, seguíssemos o caminho do entendimento", explicou o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador de Orçamento da equipe de transição.

Pacheco sinalizou ainda que vê possibilidade de a proposta ser votada no Senado na última semana de novembro. O prazo máximo para a aprovação é 17 de dezembro, com tramitação pelos plenários do Senado e da Câmara.

Economia