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Inflação na Região Metropolitana de Belém teve alta de 0,26%, a menor entre as cidades pesquisadas

IPCA divulgado hoje, pelo IBGE, aponta queda nos preços de alguns produtores. Porém, consumidores não sentiram diferença

Carolina Mota

O IBGE divulgou, nesta sexta-feira (08), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que aponta que a inflação subiu 0,26% em junho desse ano, na Região Metropolitana de Belém. Em comparação às outras regiões do país que fizeram parte da pesquisa, Belém ficou com a menor inflação. Salvador ficou com 1,24%; Recife, 1,13%; e Belo Horizonte com 0,83%.

Segundo o IPCA, os destaques foram os grupos de Alimentação e Bebidas (-0,61%), Transportes (0,56%), Saúde e Cuidados especiais (0,61%) e Habitação (0,96%).

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Alguns produtos tiveram uma queda significativa nos preços, como a cenoura  (-28,25%), o tomate (-7,61%) e a cebola (-5,41%). De acordo com o coordenador da pesquisa, Pedro Kislanov, há dois fatores que influenciam a queda desses alimentos. "O primeiro é o período do ano, onde nos três primeiros meses, ainda é verão e há chuva, o que pode prejudicar a produção e levar ao aumento dos preços. A partir de abril e maio, o clima começa a ficar seco e isso melhora a produção, a oferta aumenta e os preços caem. Outro ponto é que esses alimentos tiveram um grande aumento de preços nos primeiros meses do ano e, com a base de comparação alta, é normal que eles recuem”, declarou. 

Porém, essa redução nos preços não foi sentida por alguns consumidores. 

"Não percebi qualquer diferença nos preços da cebola, tomate ou qualquer outro produto", declarou Helana Monteiro, de 29 anos, maquiadora autônoma e mãe de dois filhos.

Viviane Silva, 47 anos, administradora por formação, conta que está fora do mercado de trabalho e precisou readequar sua alimentação para não sentir tanto o impacto da inflação. 

"Nunca mais comprei cenoura. Os outros itens eu compro quando há promoção em algum lugar. Não tem como deixar de consumir, porém aqui em casa reduzimos bastante a quantidade, comprando o que dá no momento. A gente vai dando um jeitinho." informou.

Quando ao grupo de Saúde e Cuidados especiais, houve aumento nos planos de saúde. “Em maio, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou o reajuste de até 15,50% nos planos individuais, com vigência a partir de maio e o ciclo se encerrando em abril de 2023. No IPCA, houve, em junho, a apropriação das frações mensais de maio e junho, o que impactou bastante esse resultado”, avalia o coordenador Pedro Kislanov.

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política

Economia