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Inflação de Belém tem alta acima da média nacional com variação de 0,80% em abril

A variação da RMB é uma das mais altas entre as áreas pesquisadas, ficando atrás apenas da Região Metropolitana de Curitiba (PR), com 0,85%

Daleth Oliveira

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do Brasil, subiu 0,80% na Região Metropolitana de Belém em abril. Mais uma vez, o índice é maior do que a média nacional, que teve acréscimo de 0,57%, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação de Belém é uma das mais altas entre as áreas pesquisadas, ficando atrás apenas da Região Metropolitana de Curitiba (PR), com 0,85%; e empatada com a região de Brasília (DF).

Com isso, a Região Metropolitana de Belém tem uma inflação acumulada de 4,17%, no intervalo de doze meses. Em março, houve um leve recuo em relação a fevereiro, quando a inflação oficial ficou em 0,84%. No primeiro trimestre, a inflação acumulada é de 3,05%.

Entre os setores que mais tiveram aumento foram Combustíveis com alta de 4,09%; Transporte, com 2,27%; Habitação com 0,43%; e Educação, com variação de 0,24%. Na contramão desse aumento, o setor de Comunicação teve o índice reduzido com -0,06%.

Para o economista Douglas Alencar, a alta inflação registrada em Belém se deve ao fato de precisarmos trazer de fora uma grande parte do que consumimos internamente na região e Estado. “O Pará ainda é pouco industrializado, ou seja, os produtos não são produzidos no nosso território, na sua grande maioria. Portanto, importamos muitos produtos de vários setores, elevando os seus preços, pois até o consumidor final, ocorre a adição de outros custos, como o de transporte”, explica o professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Quanto à alta inflacionária dos combustíveis, o especialista lembra que no final do mês de fevereiro, o Governo Federal voltou a cobrar impostos federais sobre a gasolina e o etanol, o que elevou os preços dos dois combustíveis e impactou diretamente o IPCA.

“Essa cobrança extra impactou nos preços dos combustíveis, somado também ao fato de que o valor do petróleo no mercado mundial também tem aumentado. E quando isso acontece, o impacto é observado nas bombas quase que imediatamente porque a Petrobras repassa no País”, finaliza Douglas Alencar.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

No Brasil, o índice de 0,57% mostra uma desaceleração na comparação com março, quando ficou em 0,69%. O acumulado do ano é de 2,59%. Em abril de 2022, o IPCA-15 foi de 1,73%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês. A maior variação e o maior impacto no índice vieram dos transportes (1,44%), que haviam subido 1,5% em março. Na sequência, contribuíram com o resultado do mês os grupos saúde e cuidados pessoais (1,04%) e habitação (0,48%).

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