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Guedes causa reação ao comparar funcionalismo a 'parasita'

Falas desencadearam manifestações contrárias de entidades que representam categorias do funcionalismo, inclusive dentro do próprio Ministério da Economia

Reuters

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (7) que o governo vai encaminhar a reforma administrativa para a Câmara na próxima semana.

Em evento na Fundação Getúlio Vargas, o ministro frisou a importância de ajustar regras dos salários do funcionalismo, ressaltando que parte da categoria virou "parasita".

As falas do ministro desencadearam manifestações contrárias de entidades que representam categorias do funcionalismo, inclusive dentro do próprio Ministério da Economia.

No fim da tarde, a pasta divulgou nota afirmando que a fala do ministro foi tirada de contexto pela imprensa e que o ministro apontou a necessidade de mudanças nas regras do funcionalismo em meio ao quadro de penúria enfrentado por Estados, sendo que parte deles já estão gastando mais com pessoal do que o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Nessa situação extrema, não sobram recursos para gastos essenciais em áreas fundamentais como saúde, educação e saneamento", disse a nota.

"O ministro argumentou que o país não pode mais continuar com políticas antigas de reajustes sistemáticos. Isso faz com que os recursos dos pagadores de impostos sejam usados para manter a máquina pública em vez de servir à população: o principal motivo da existência do serviço público", completou.

A Unafisco, que representa auditores fiscais da Receita Federal, emitiu nota de repúdio, afirmando que a comparação feita por Guedes de funcionários públicos com parasitas era rasa e generalizada.

"Se partilhássemos da descompostura do ministro, poderíamos compará-lo a um serviçal do mercado, que promove a falência do Estado em detrimento do povo brasileiro. Falta não só elegância ao ministro Guedes, como patriotismo", disse a entidade.

"O assédio institucional que vem sendo praticado pelo senhor Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites legais e merece reação à altura", acrescentou a Unafisco.

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