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Governo gasta R$ 1,8 bi em alimentos: Compras vão de alfafa a chiclete

As despesas do Ministério da Defesa referem-se à 'alimentação das tropas das forças armadas em serviço'. Para o ministério foi bancada quase toda a compra de vinhos, um total de R$ 2,5 milhões

Redação Integrada com informações de Yahoo

O Executivo federal de R$ 1,8 bilhão em alimentos, de acordo com levantamento do jornal Metrópoles, com base no Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia. O valor representa um aumento de mais de 20% em relação a 2019.

Alguns produtos e seus valores chamaram a atenção. Por exemplo, os órgãos federais gastaram R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante; mais de R$ 16,5 milhões em batata frita embalada; e mais de R$ 14 milhões na compra de molho shoyu, molho inglês e molho de pimenta juntos. Foram pagos pouco mais de R$ 5 milhões em uva-passa e, somente em goma de mascar, foram R$ 2,2 milhões, tudo pago pelos cofres públicos.

Além do tradicional arroz e feijão, o cardápio incluiu peixes - in natura e conserva – que custaram R$ 35,5 milhões, bacon defumado, que custou R$ 7,1 milhões e embutidos, pelo valor de R$ 45,2 milhões e frutos do mar que custaram R$ 6,1 milhões.

As sobremesas não foram deixadas de lado. A lista conta com sorvete, picolé, fruta em calda, doce em tablete e cristalizado e, para a cobertura, granulado e confeitado, tudo ao custo de R$ 123,2 milhões. O gasto com leite condensado, que virou um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil, nesta terça-feira (26), foi de R$ 15,6 milhões.

O Ministério da Defesa foi responsável pela maior parte das compras e também pelos valores mais altos: mais de R$ 632 milhões com alimentação. Para o órgão foi bancada quase toda a compra de vinhos, um total de R$ 2,5 milhões. De acordo com o Ministério da Economia, as despesas do Ministério da Defesa referem-se à “alimentação das tropas das forças armadas em serviço” e que “toda despesa efetuada pela Administração Pública Federal está dentro do orçamento”.

De acordo com as Forças Armadas, o órgão tem a responsabilidade de promover a saúde do seu efetivo, que reúne 370 mil pessoas, por meio de uma dieta balanceada diária. O argumento é que, de acordo com o Estatuto dos Militares, Lei nº 6.880/80, a alimentação é direito assegurado ao militar, bem como as refeições fornecidas aos funcionários em atividade.

O Ministério da Educação ficou em segundo lugar, com R$ 60 milhões gastos em alimentação.

O Ministério da Justiça gastou pouco mais de R$ 2 milhões, ficando em terceiro lugar. A maior parte dos alimentos foi para a Fundação Nacional do Índio (Funai), incluindo milho de pipoca, leite condensado e sagu.

Economia