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Golpes na internet no Pará: saiba como se proteger ao realizar uma compra online

Registros de estelionato por meio eletrônico no Pará quadriplicaram de 2021 a 2022

Amanda Engelke / Especial para O Liberal

Bastam alguns minutos nas redes sociais para começarem a surgir anúncios dos mais variados itens. E, em poucos cliques, todos estão disponíveis para compra pelo próprio celular. A praticidade – principal característica de uma compra online - é inegável. O preço oferecido, muitas vezes, também é tentador. No entanto, como diz o antigo ditado: nem tudo o que reluz é ouro, e o que parece ser um grande negócio, em muitos casos, acaba em frustração e dor de cabeça. Você paga, mas não recebe o produto. Trata-se de um golpe.

Situações como essa estão se tornando cada vez mais recorrentes no Brasil. E, no Pará, não é diferente. A prática criminosa tem nome e sobrenome. Chama-se estelionato virtual e acontece quando alguém obtém vantagem ilícita em razão do prejuízo alheio por meio de fraude. Ou seja, alguém oferece uma boa oportunidade e pede algo simbólico em troca. Uma oportunidade atraente, mas que leva as pessoas a caírem em diferentes tipos de golpes. Em 2022, este tipo de crime aumentou. No Pará, o estelionato virtual quadriplicou.

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O certificado de segurança de um site é requisito essencial para lojas virtuais por requererem inserção de dados pessoais e cartão de crédito. Mas, para além disso, desde 2018, a segurança em sites passou a ser um fator de ranqueamento em sistemas de buscas como o Google. Outra alternativa, em caso de desconfiança, é realizar uma buscativa pela internet em plataformas como o “Reclame Aqui”.

“O estelionato virtual é, algumas vezes, difícil de rastrear. O melhor é se prevenir. Mas, uma notícia boa é que está vigorando a Lei 14.155, de 2021, que incluiu o crime de Fraude Eletrônica no Código Penal. Uma pena que antes era de um a cinco anos de reclusão mais multa, passou a ser de quatro a oitos anos mais multa, sendo agravada - aumentando de 1/3 a 2/3 - quando se trata de idosos ou vulnerável”, informa o advogado André Bastos.

Saiba quais são os principais golpes

1- Phishing: Envio de e-mails ou mensagens fraudulentas que parecem legítimas para obter informações pessoais, como senhas e dados bancários.

2- Site falso: o site é muito parecido com o verdadeiro e, normalmente, com preços muito abaixo do mercado. A vítima compra, mas não recebe o produto.

3. Golpe do Whatsapp: quando o criminoso se passa por um parente ou conhecido. Em seguida diz que estão com um número novo e passam a pedir dinheiro ou informações sigilosas.

4. Golpe do boleto falso: a vítima, ao tentar imprimir a segunda via da concessionária de energia ou companhia telefônica, acaba entrando em um site clonado. Ela imprime e paga um boleto que na realidade é falso. Ela só descobre que era falso quando tem o serviço cortado.

5- Golpe do falso leilão: Os criminosos criam sites de falso leilão e, para dar credibilidade, colocam fotos, cópias de documentos, depoimentos falsos de pessoas que compraram carros. Após a vítima indicar um lance, recebe uma falsa carta de arrematação com uma ordem de pagamento que pode ser feito por boleto ou depósito bancário. Com o pagamento, os criminosos somem.

Cinco dicas de como se proteger de golpes na internet

1 - Nunca clique em links recebidos por SMS, WhatsApp ou e-mail, caso desconheça a origem;

2 - Mantenha software, antivírus e sistemas atualizados;

3 - Desconfie de ofertas com preço muito abaixo do mercado;

4 - Verifique a autenticidade do site. Tem sempre um desenho de um cadeado acima do lado esquerdo.

5 - Ao fazer o pagamento pela internet, dê preferência para realizá-los com cartões virtuais. Eles são gerados com variações de números e, dependendo do banco, vale apenas para aquela compra, o que diminui fraudes futuras. Também habilite no seu banco a função de notificação de compras para ser sempre avisado quando for feita alguma transação.

Caí em um golpe, o que devo fazer?

A primeira coisa que se deve fazer é fazer um Boletim de Ocorrência, que pode ser feito de forma virtual, através da delegacia virtual, ou presencialmente, na Delegacia de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos. A delegacia fica na Avenida Pedro Miranda, 2288, entre Perebebuí e Passagem D’hotel, no bairro da Pedreira, em Belém. Após isto, é recomendando procurar um advogado de sua confiança para dar diligência no caso;

Se você foi vítima de um falso PIX, o advogado André Luiz Bastos recomenda que, além de registrar o Boletim de Ocorrência, procure-se imediatamente a sua agência bancária para que seja solicitado Mecanismo Especial de Devolução (MED). O caso é analisado em até sete dias. Se concluírem que não foi fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, em até 96 horas você receberá o dinheiro de volta.

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